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Petrobras rescinde contrato milionário com estaleiro Iesa

Estatal não revelou os motivos da rescisão do contrato com o Iesa, que teve executivos com prisão decretada na Operação Lava Jato


	Guindastes trabalham na construção de um navio de produção de petróleo da Petrobras em um estaleiro de Angra dos Reis
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Guindastes trabalham na construção de um navio de produção de petróleo da Petrobras em um estaleiro de Angra dos Reis (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 19h56.

Rio de Janeiro - A Petrobras informou nesta terça-feira que o contrato assinado com o estaleiro Iesa Óleo e Gás para fornecimento do Pacote III de Módulos de Replicantes foi rescindido, segundo nota enviada à Reuters.

A estatal não revelou os motivos da rescisão do contrato com o Iesa, que teve executivos com prisão decretada na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Segundo a Petrobras, a companhia e os parceiros BG e Galp, sócios para desenvolvimento da produção do Bloco BMS-11, no pré-sal da Bacia de Santos, deverão realizar oportunamente nova licitação para a contratação dos serviços.

A informação foi divulgada após questionamentos à Petrobras sobre a paralisação dos trabalhos no estaleiro, em meio a problemas financeiros da Iesa.

A Iesa venceu licitação de 720 milhões de dólares com a Petrobras para a construção de 24 módulos de compressão de gás para seis plataformas do pré-sal.

A estatal não detalhou o impacto que a decisão terá para os projetos no pré-sal, além de prazos para contratação de novo estaleiro.

Em meado deste ano, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, reuniu-se com o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), visando buscar uma solução para o Iesa, que naquela oportunidade já corria o risco de perder o contrato com a petroleira em meio a problemas financeiros e atrasos na entrega dos materiais contratados.

O estaleiro é peça chave no polo naval do Jacuí, na cidade Charqueadas, onde vários subfornecedores se instalaram para atender a empresa.

Uma tentativa de solução foi feita por meio da formação de uma parceria entre a Iesa Óleo e Gás e a construtora Andrade Gutierrez, mas as tratativas acabaram sendo em vão.

O primeiro pacote com seis módulos deveria ter sido entregue em julho, mas nenhum ficou pronto, disse naquele mês um representante do sindicado dos trabalhadores à Reuters.

Mais de mil trabalhadores foram envolvidos na obra dos módulos.

Não foi possível contatar imediatamente algum representante da Iesa.

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