Carlos Slim: mais rico da América Latina defende descanso de 4 dias na semana (RODRIGO OROPEZA/AFP/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 12 de setembro de 2025 às 13h06.
O empresário mexicano Carlos Slim Helú, conhecido como o “Warren Buffett do México”, e o homem mais rico da América Latina, construiu um dos maiores impérios do planeta em telecomunicações, varejo e investimentos. Apesar da fortuna, sua rotina diária reflete disciplina, simplicidade e dedicação à família.
Slim acorda às 5h30 para meditar ou refletir em silêncio. Em vez de treinos intensos, prefere caminhadas leves e alongamentos, aproveitando o tempo para pensar em estratégias. No café da manhã, consome pratos tradicionais mexicanos, frutas frescas e grãos integrais, enquanto lê jornais para acompanhar tendências econômicas e políticas.
O trabalho começa às 7h30, com reuniões, análise de documentos e decisões tomadas de forma direta. O empresário não usa computador e guarda suas anotações em cadernos. Seu escritório tem portas abertas a todos os funcionários.
O almoço é reservado a encontros de negócios, geralmente regados a pratos típicos como enchiladas e tamales. À tarde, Slim dedica-se ao planejamento estratégico, análise de relatórios e discussões sobre inovação tecnológica. O expediente costuma se estender até as 22h, seguido de leitura e reflexões antes de dormir.
Mesmo com a rotina intensa, o bilionário reserva horários exclusivos para a família e organiza encontros regulares com filhos e netos. Ele também planeja férias anuais em grupo, reforçando o valor da união familiar. Sua dieta equilibrada e exercícios leves sustentam a saúde após ter passado por uma cirurgia cardíaca em 1999.
Entre suas ideias mais conhecidas está a defesa de uma semana de três dias úteis, com jornadas de 11 horas, até os 75 anos. A proposta busca ampliar o tempo livre para lazer e convívio familiar. Na Telmex, 40% dos funcionários já adotaram esse modelo de trabalho alternativo.
Maronita católico, Slim apoia a Legião de Cristo e segue firme em seus valores após a morte da esposa, Soumaya, em 1999.
Pai de seis filhos, ele continua a equilibrar negócios, família e fé, cultivando interesses em matemática, história e cosmografia — áreas que moldam seu pensamento analítico e estratégico.