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Fortuna de Elon Musk aumenta em US$ 40 bi com disparada de ações da Tesla

Ações acumulam alta de 23% na sequência mais longa desde julho, impulsionadas por compra bilionária do próprio CEO

Musk: investidores interpretaram como positivo o sinal de maior dedicação do bilionário à companhia (VINCENT FEURAY / Colaborador/Getty Images)

Musk: investidores interpretaram como positivo o sinal de maior dedicação do bilionário à companhia (VINCENT FEURAY / Colaborador/Getty Images)

Publicado em 18 de setembro de 2025 às 10h01.

Última atualização em 18 de setembro de 2025 às 10h03.

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As ações da Tesla (TSLA) encerraram a quarta-feira, 17, em alta de 1,01%, a US$ 425,86 (cerca de R$ 2.360). O desempenho marcou a sétima sessão consecutiva de ganhos, com valorização acumulada de cerca de 23%. Foi o maior rali do papel desde 10 de julho, quando a companhia registrou 11 pregões seguidos de avanço.

No pré-mercado desta quinta-feira, 18, às 9h06 no horário de Brasília, a ação avançava mais 1,15%, negociada a US$ 430,75.

Com a disparada, a fatia do CEO Elon Musk na fabricante de veículos elétricos ganhou cerca de US$ 40 bilhões em valor de mercado, segundo cálculos da Dow Jones Market Data, sem considerar opções adicionais que ele detém.

Na terça-feira, a ação havia fechado cotada a US$ 421,62, no nível mais alto desde 17 de janeiro.

Desde o começo do ano, os papéis sofreram pressões em meio a críticas à atuação política de Musk e à sua ligação com o chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) do governo de Donald Trump, vista como negativa para a marca Tesla.

O que impulsiona a ação

Nesta semana, investidores interpretaram como positivo o sinal de maior dedicação de Musk à companhia.

Em publicação na rede social X, ele afirmou estar trabalhando até a madrugada em projetos como o robô humanoide Optimus e o desenvolvimento de novos chips, além de relatar jornadas de até 12 horas de reuniões seguidas em diferentes áreas da Tesla.

Outro fator de confiança foi a compra de US$ 1 bilhão em ações da própria Tesla pelo executivo, movimento lido por Wall Street como aposta em uma valorização adicional da empresa.

Apesar da alta, há vozes mais cautelosas no mercado. A consultoria CFRA reduziu a recomendação do papel para venda nesta semana, avaliando que a cotação se afastou dos fundamentos e destacando riscos de trimestres mais difíceis pela frente.

Musk já havia falado em julho sobre a possibilidade de um período de transição com resultados mais fracos, citando o fim de incentivos fiscais para veículos elétricos nos Estados Unidos e os estágios iniciais do sistema de direção autônoma.

No ano passado, as ações da Tesla chegaram ao recorde de US$ 479,86 em 17 de dezembro, impulsionadas pelo otimismo em torno da reaproximação de Musk com Trump durante a campanha presidencial. O executivo, que se tornou aliado e conselheiro do republicano, deixou em maio o cargo no DOGE.

Nesta quarta-feira, o papel foi o segundo mais negociado tanto no índice S&P 500 quanto no Nasdaq 100. No acumulado de 2025, a ação da Tesla sobe cerca de 5%, enquanto o S&P 500 avança mais de 12% no mesmo período.

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