Negócios

Copel avalia aquisições em distribuição e geração

Uma das negociações mais adiantadas é a aquisição de uma participação de 30% na usina hidrelétrica Baixo Iguaçu

A Copel também avalia pequenas distribuidoras municipais e cooperativas de eletrificação rural nas proximidades de sua área de construção (Divulgação)

A Copel também avalia pequenas distribuidoras municipais e cooperativas de eletrificação rural nas proximidades de sua área de construção (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2012 às 13h25.

São Paulo - A Copel está estudando aquisições nas áreas de geração e distribuição, afirmou o diretor-presidente da companhia, Lindolfo Zimmer, após participar de reunião com analistas da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em São Paulo. Uma das negociações mais adiantadas é a aquisição de uma participação de 30% na usina hidrelétrica Baixo Iguaçu. Segundo o executivo, a companhia prevê adquirir 30% do consórcio que construirá a usina, hoje nas mãos do grupo Neoenergia e da Engevix.

Segundo ele, a aquisição permitirá ganhos de sinergia com a usina José Richa, também no rio Iguaçu, uma vez que a casa de comando desta hidrelétrica deve ser utilizada também para um novo projeto.

A usina vem enfrentando problemas ambientais que impedem o início das obras de construção, mas a expectativa dos empreendedores é de que haja a liberação até meados deste ano.

Grupo Rede

Zimmer também revelou interesse em ampliar os ativos de distribuição da companhia. A Copel avalia pequenas distribuidoras municipais e cooperativas de eletrificação rural nas proximidades de sua área de construção. Além disso, está interessada em ativos da Rede Energia, caso o grupo decida vender separadamente suas empresas.

Faz parte da holding a Companhia Força e Luz do Oeste, que atende o município paranaense de Guarapuava. A Copel também estaria interessada nas distribuidoras Enersul, do Mato Grosso do Sul, que faz divisa com o Paraná, e Cemat, de Mato Grosso, onde a Copel está construindo a hidrelétrica Colíder, e deve iniciar obras para o sistema de transmissão da usina do rio Teles Pires.

"Comenta-se que o Grupo Rede poderia vender separadamente seus ativos. Se houver esta chance, vamos analisar", disse Zimmer, salientando que por enquanto aguarda uma decisão, e que ainda não foi contatado pelos controladores do grupo.

Questionado sobre o montante de recursos que a Copel poderia destinar a aquisições, o executivo citou que a companhia possui apenas 18% de endividamento sobre o patrimônio líquido e que este índice poderia chegar a 50%. "Poderíamos levantar entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões, com um equity de 30% teríamos R$ 10 bilhões", disse Zimmer. Ele ressaltou porém, que os projetos preferidos para aquisição estão entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão, porque assim haveria maior diversificação de risco.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEstatais brasileirasEnergia elétricaEmpresas estataisServiçosCopelFusões e AquisiçõesHidrelétricas

Mais de Negócios

Floripa é um destino global de nômades digitais — e já tem até 'concierge' para gringos

Por que essa empresa brasileira vê potencial para crescer na Flórida?

Quais são as 10 maiores empresas do Rio Grande do Sul? Veja quanto elas faturam

‘Brasil pode ganhar mais relevância global com divisão da Kraft Heinz’, diz presidente