Expertise dual: DMDL é especializada em engenharia e arquitetura para infraestrutura tanto temporária quanto permanente (DMDL/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 28 de outubro de 2025 às 16h57.
Última atualização em 28 de outubro de 2025 às 17h33.
De 10 a 21 de novembro, Belém será o epicentro das discussões climáticas globais. A capital paraense recebe a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), evento que reunirá líderes e delegações de quase 200 países para discutir o futuro do planeta.
Para receber o encontro, a cidade passou por uma verdadeira transformação estrutural. Entre as obras mais emblemáticas, duas se destacam pela grandiosidade, complexidade técnica e velocidade de execução: a Blue Zone, área oficial de negociações da ONU, e o Hotel Vila COP, complexo de alto padrão erguido para hospedar autoridades e chefes de Estado.
No comando dessa operação monumental está o Grupo DMDL, maior empresa brasileira especializada na implantação e gestão de infraestrutura temporária, com um histórico de grandes entregas que inclui Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, Fórmula 1 e agora a conferência climática mais importante do mundo.
A dimensão dos projetos impressiona. O Hotel Vila COP, por exemplo, ocupa 19 mil metros quadrados, distribuídos em seis edifícios. Com 405 suítes, sendo 37 delas presidenciais, o hotel foi projetado para receber chefes de Estado e delegações com o máximo de conforto, segurança e eficiência. De estrutura permanente, após a conferência, o espaço se tornará legado para o estado do Pará.
“O prazo reduzido foi um dos principais desafios, mas conseguimos superá-lo com o uso de tecnologias construtivas inovadoras”, afirma Ualger Costa, CEO do Vila COP. “Adotamos sistemas de construção a seco, como steel frame e steel deck, que nos permitiram entregar o hotel completo em nove meses.”
Hotel Vila COP: estrutura permanente fica de patrimônio para os paraenses (DMDL/Divulgação)
Na Blue Zone, o cenário é igualmente imponente: são 254 mil mil m² de área, dos quais 125 mil m² correspondem as estruturas temporárias e 20 mil a pavilhões de países e organismos credenciados.
Até o momento, mais de 750 profissionais participaram da montagem do espaço, com expectativa de mobilizar 2 mil pessoas durante o evento. Além da construção, o Grupo DMDL será responsável pela operação completa da área — incluindo, por exemplo, limpeza, segurança, circuito de câmeras, brigadistas e o centro gastronômico.

Montagem da Blue Zone: área oficial de negociações da ONU, com 125 mil m² de infraestrutura sustentável
Colocar de pé estruturas dessa proporção, 100% equipadas e funcionando, foi um desafio técnico e logístico sem precedentes.
A logística também exigiu precisão: quase 200 carretas transportaram materiais, muitos vindos de polos industriais distantes do Norte. Soma-se a isso as dificuldades trazidas pelo clima de Belém, uma cidade com alta umidade e chuvas frequentes, o que exigiu um planejamento antecipado e rigoroso.
Segundo Marcos Gamboa, CEO da Blue Zone, “foi também preciso combinar mão de obra local com equipes do Grupo, especializadas em estruturas temporárias complexas, garantindo o cumprimento de todos os prazos e padrões internacionais exigidos pela ONU”.
O projeto da COP30 conta com uma equipe autônoma da DMDL, instalada em Belém há meses, dedicada integralmente às entregas da conferência. “Estamos aqui direto, com uma estrutura local completa. É praticamente um ano longe da família, mas a satisfação de ver tudo pronto e funcionando é indescritível”, conta Gamboa.
A presença da equipe na cidade é estratégica: há reuniões diárias com a ONU e representantes do governo para alinhar cronogramas, exigências diplomáticas e outros detalhes.
Equipes do Grupo DMDL em campo: profissionais instalados há meses em Belém garantem operação contínua e excelência técnica (DMDL/Divulgação)
A sustentabilidade foi um dos critérios centrais na escolha da DMDL para conduzir duas das mais importantes obras de infraestrutura da COP30. De acordo com os executivos, essa é uma premissa da empresa em todos os seus projetos.
No hotel, por exemplo, foram utilizadas 840 toneladas de aço estrutural e 34 mil metros quadrados de placas cimentícias para composição das paredes. “Essas soluções permitem não só rapidez, mas menor geração de resíduos e menor de consumo de água, alinhadas com os princípios de sustentabilidade da COP”, detalha Costa.
Cada detalhe desse modelo de construção a seco considerou o clima quente e úmido da Amazônia. Do isolamento termoacústico ao revestimento externo de placas com liga de alumínio, tudo foi pensado para trazer conforto térmico e, assim, reduzir o consumo de energia.
A atuação do Grupo vai além da engenharia. A empresa investe em capacitação de trabalhadores locais e alavanca negócios na região. Ao todo, são mais de 900 trabalhadores de Belém e região metropolitana atuando nos dois projetos e mais de 400 contratos.
“Mais do que eficiência, o projeto gera impacto social e econômico, em consonância com a agenda 2030 de desenvolvimento sustentável. Estamos formando profissionais e injetando recursos na economia local”, destaca Gamboa.
Na Blue Zone, entre outras parcerias, costureiras paraenses confeccionaram manualmente as coberturas das tendas, garantindo acabamento impecável.
“O projeto gera impacto social e econômico, em consonância com a agenda 2030 de desenvolvimento sustentável” - Marcos Gamboa (DMDL/Divulgação)
A presença feminina também é um marco: uma empresa especialista em acabamentos, constituída e dirigida por mulheres, atuou nas etapas de acabamento dos 6 edifícios, por exemplo, enquanto engenheiras e arquitetas atuaram em outras posições estratégicas e de liderança. “A diversidade trouxe perspectivas diferentes – e isso se reflete na qualidade do resultado”, afirma Ualger Costa.
Inovação, estratégia, planejamento, comprometimento com prazos, equipe dedicada e práticas ESG são grandes diferenciais competitivos do Grupo DMDL, mas não os únicos.
A companhia soma à experiência na COP30 um histórico que poucos grupos no mundo têm: 14 edições da Fórmula 1, Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Copa do Mundo, Copa América, WorldSkills Competition, eventos no exterior e 15 hospitais de campanha durante a pandemia de covid-19, entre inúmeros outros empreendimentos.
O know how adquirido — seja com governos, seja atuando sob as rígidas normas de organismos internacionais como FIFA, Comitê Olímpico ou ONU — possibilitou à companhia criar um processo natural para atender padrões elevados. “Nosso maior ativo é esse conhecimento. Aprendemos a ‘linguagem do contratante’. Isso nos permite entregar com qualidade incomparável e proporciona tranquilidade a qualquer parceiro”, salienta Costa.
Experiência diversificada: o Grupo DMDL atua em setores como concessões, esportes, educação, saúde, tecnologia, instituições públicas e privadas; na foto, estrutura para a F1, em Interlagos (SP) (DMDL/Divulgação)
Além dos eventos, o Grupo atua em outras frentes. Só no estado do Piauí, por exemplo, integram o Grupo o Hotel Serra da Capivara, o Centro de Convenções de Teresina, a entrega de mais um Hotel, chamado Mandú e um projeto sustentável de energia solar que serão inaugurados em 2026.
Para Gamboa, a credibilidade da empresa no mercado também reflete a solidez institucional da DMDL, que projeta faturamento acima de R$ 1 bilhão em 2025. “É preciso vitalidade técnica e financeira para sustentar operações dessa escala. Essa consistência nos torna um parceiro confiável e estratégico”, afirma.
A trajetória bem-sucedida da empresa projeta a engenharia nacional no cenário global. “Cada empreendimento que realizamos com entidades estrangeiras leva a marca do Brasil e mostra nossa capacidade de competir em alto nível”, completa Costa.
E, se o legado da COP30 será o debate sobre o futuro do planeta, do Grupo DMDL é provar que a engenharia brasileira é capaz de transformar grandes desafios em realizações históricas, além de poder construir estruturas que conectam o Brasil com o mundo, para o futuro.