Victor Cornetta, fundador da Kaizen: nome da empresa vem do japonês, que significa “melhoria contínua”
Repórter
Publicado em 6 de outubro de 2025 às 09h36.
É com essa proposta que ele lidera a Kaizen, uma startup de educação com presença em 12 estados brasileiros, 500 alunos ativos e uma projeção de faturamento de R$ 3 milhões em 2025.
A empresa foi criada em 2018 com investimento próprio, vindo de uma fonte fora do comum no setor: Cornetta usou o dinheiro que ganhou como jogador profissional de pôquer para tirar o projeto do papel.
A Kaizen oferece um serviço de mentoria online voltado para estudantes do ensino básico e médio.
Em vez de reforço em conteúdos escolares, a proposta é ajudar o aluno a organizar a rotina, entender como aprende e ganhar autonomia para estudar sozinho.
A ideia surgiu durante a graduação de Cornetta em Engenharia Civil pela UFRN, quando ele começou a dar aulas particulares.
A principal dificuldade que via nos alunos não era o conteúdo em si, mas a falta de clareza sobre como estudar.
Essa percepção o levou a pesquisar tendências em educação e desenvolver uma metodologia própria, baseada em três pilares: escuta ativa, construção de confiança e desenvolvimento da autonomia.
A abordagem se tornou a base da Kaizen, que começou com apoio do engenheiro civil Gustavo Peralba, cofundador da empresa.
Mais tarde, juntaram-se ao time Arthur Marques, Frederico Von Sosten e Guilherme Fortes, responsáveis pelas áreas pedagógica e de expansão.
A mentoria da Kaizen é individualizada: cada estudante recebe um plano ajustado à sua realidade.
Toda semana, são definidas metas específicas, acompanhadas por um mentor e registradas em conjunto com as famílias dos alunos.
A startup defende que o aprendizado só é transformador quando está conectado à vida cotidiana dos estudantes.
Por isso, o trabalho não foca só em notas, mas em criar hábitos de estudo sustentáveis e alinhados com os objetivos pessoais de cada um.
Com atuação concentrada nas capitais do Sudeste e Nordeste, a Kaizen pretende crescer com base no modelo atual.
A meta é alcançar 2 mil alunos até 2026, mantendo o acompanhamento individualizado. Segundo Cornetta, o crescimento tem sido impulsionado principalmente por indicações de famílias e alunos.
O nome da empresa vem do japonês Kaizen, que significa “melhoria contínua”.
Mais do que números, Cornetta afirma que o impacto da empresa está na mudança de postura dos estudantes.
“A confiança que cada aluno desenvolve ao perceber que é capaz de cumprir suas próprias metas é o verdadeiro resultado”, diz o fundador.