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Banco do Brasil freia venda de ações do Banco Patagonia

O Banco do Brasil ainda não decidiu se venderá sua participação de 59% no Patagonia ou se oferecerá novas ações, segundo fontes

BB: o banco poderia manter sua participação, disse uma fonte (Pilar Olivares/Reuters)

BB: o banco poderia manter sua participação, disse uma fonte (Pilar Olivares/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2017 às 17h03.

Buenos Aires/São Paulo - Uma possível venda de ações do Banco Patagonia foi adiada porque o acionista majoritário, o Banco do Brasil, impediu a realização de uma reunião de acionistas da instituição argentina.

O Banco do Brasil ainda não decidiu se venderá sua participação de 59 por cento no Patagonia ou se oferecerá novas ações, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram anonimato porque as negociações são privadas.

O banco poderia manter sua participação, disse uma das pessoas. A opção menos provável é que o Banco do Brasil realize uma venda de ações e venda também sua participação.

"O Banco do Brasil não fará mais comentários além do que já foi informado aos mercados sobre o assunto”, disse um assessor de imprensa do banco em um comunicado enviado por e-mail. No dia 18 de maio, o Banco do Brasil afirmou, em comunicado ao mercado, que continuava estudando alternativas para sua estratégia no exterior.

O Banco Patagonia informou aos órgãos reguladores argentinos na quinta-feira que não haveria quórum para realizar uma reunião de acionistas no dia 21 de junho.

Uma votação sobre a venda de 35,9 milhões de ações, o equivalente a 4,99 por cento do capital em circulação, estava programada para essa reunião.

Só confirmaram presença acionistas que representam apenas 18,5 por cento das ações em circulação, de acordo com o documento apresentado às autoridades.

O Banco do Brasil contratou o JPMorgan Chase and Co. em 2016 para ajudá-lo a vender o Banco Patagonia. A instituição brasileira deveria receber ofertas por sua participação no Patagonia na quinta-feira.

Antes do prazo final, os três ofertantes que restavam eram o Banco Macro, o Itaú Unibanco e o BBVA Banco Francés. O JPMorgan não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O Banco Macro captou US$ 670 milhões nesta semana em uma oferta secundária de ações para investir em oportunidades de crescimento. Os acionistas do BBVA Francés aprovaram a venda de 145 milhões de novas ações em julho.

O banco brasileiro vem analisando tanto uma oferta secundária de ações quanto uma venda a outro banco, na tentativa de alcançar a rentabilidade de seus concorrentes.

O Banco do Brasil tem fechado agências e incentivado os funcionários a antecipar a aposentadoria.

Em dezembro, o banco defendia uma oferta pública de pelo menos parte de sua participação majoritária no Banco Patagonia para melhorar as avaliações da instituição, disse Paulo Caffarelli, o presidente do Banco do Brasil, em entrevista em São Paulo.

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