Negócios

Aos 30, ela ultrapassou Taylor Swift e virou a mais jovem bilionária "self-made" do mundo

Lucy Guo acumula hoje uma fortuna de 1,25 bilhão de dólares — e se tornou a mulher mais jovem do planeta a atingir sozinha esse patamar

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 22 de abril de 2025 às 14h31.

 

Taylor Swift não é mais a mulher mais jovem a conquistar sozinha o título de bilionária. Quem assumiu o topo foi Lucy Guo, cofundadora da Scale AI, empresa de inteligência artificial avaliada em 25 bilhões de dólares.

Segundo a revista norte-americana Forbes, Guo acumula, aos 30 anos de idade, uma fortuna de 1,25 bilhão de dólares. Com isso, não há nenhuma mulher mais nova do que ela a ocupar este posto. Taylor Swift, até então no topo deste ranking, tem 35 anos e uma fortuna de 1,6 bilhão de dólares.

O curioso é que Guo deixou a empresa que fundou ainda em 2018, mas continuou com uma fatia relevante do negócio. Agora, essa fatia vale quase 1,2 bilhão de dólares.

A valorização veio depois de uma nova rodada secundária de investimentos na Scale, que permitiu a entrada de novos acionistas e elevou o valor da empresa em 80% desde o último aporte, em maio do ano passado.

Qual é a história da Scale AI

Guo fundou a Scale AI em 2016, ao lado de Alexandr Wang, então com 19 anos. Ela tinha 21.

Ele assumiu o posto de CEO e ela tocava a operação e o design de produto. Dois anos depois, desentendimentos internos levaram Wang a tirá-la da empresa.

“Tivemos uma diferença de opinião, mas tenho orgulho do que a Scale AI construiu”, diz Guo.

Desde então, ela manteve uma participação acionária e partiu para novos projetos — incluindo a startup Passes, uma plataforma para criadores de conteúdo que busca rivalizar com o Patreon.

A fortuna atual de Guo inclui também ativos desse novo negócio e investimentos em startups feitos por meio de seu fundo, o Backend Capital.

De Pokémon à inteligência artificial

Lucy Guo cresceu na região da baía de San Francisco, filha de dois engenheiros.

Começou a empreender ainda criança, vendendo cartas de Pokémon. Aprendeu a programar no ensino fundamental e, mais tarde, entrou em ciência da computação na Carnegie Mellon. Largou o curso para entrar no Thiel Fellowship, programa que incentiva jovens a abandonar a universidade e fundar startups.

Antes da Scale, trabalhou com design de produto no Quora e no Snapchat.

Ao lado de Wang, criou uma empresa que faz o "trabalho sujo" da inteligência artificial: rotular dados usados para treinar modelos.

O serviço atraiu clientes como OpenAI, Meta, Microsoft e o governo dos EUA, que usou a tecnologia para análise de imagens de satélite na guerra da Ucrânia.

Única bilionária abaixo dos 40 que fez fortuna fora da operação

Guo é hoje uma das seis mulheres self-made bilionárias com menos de 40 anos, de acordo com a Forbes. E a única da lista que construiu esse patrimônio com uma empresa da qual não faz mais parte.

Desde sua saída, além da Passes, também fundou um fundo de venture capital e apostou em empresas como Ramp, Fabric e Pave, todas hoje avaliadas em bilhões de dólares.

Ela também virou uma figura conhecida no universo fitness e nas redes sociais. Costuma treinar mais de cinco horas por dia e compartilhar a rotina em academias como a Barry’s Bootcamp.

Apesar da exposição, o foco continua no trabalho. “Bizarro pensar que tudo isso veio de uma ideia que eu tive aos 21”, disse em um evento recente. O que é certo é que, mesmo fora da operação, Lucy Guo segue no centro das conversas sobre o futuro da inteligência artificial.

 

 

Acompanhe tudo sobre:BilionáriosStartups

Mais de Negócios

Conheça os líderes brasileiros homenageados em noite de gala nos EUA

'Não se faz inovação sem povo', diz CEO de evento tech para 90 mil no Recife

Duralex: a marca dos pratos "inquebráveis" quebrou? Sim, mas não no Brasil; entenda

Quais são os 10 parques de diversão mais visitados da América Latina — 2 deles são brasileiros