Mundo

Venezuela diz que há uma 'guerra não declarada' após mobilização dos EUA no Caribe

Governo americano enviou oito navios ao mar do Caribe para combater o tráfico de drogas e, desde o início de setembro, as Forças Armadas do país destruíram três embarcações que supostamente transportavam drogas

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 19 de setembro de 2025 às 16h50.

Última atualização em 19 de setembro de 2025 às 17h20.

Tudo sobreVenezuela
Saiba mais

O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, afirmou nesta sexta-feira, 19, que há "uma guerra não declarada" após o envio de navios americanos ao mar do Caribe, o que ele considerou uma "ameaça militar".

Os Estados Unidos enviaram oito navios ao mar do Caribe para combater o tráfico de drogas e, desde o início de setembro, eliminaram três embarcações que supostamente transportavam drogas, resultando em 14 mortes, segundo o presidente americano, Donald Trump.

"É uma guerra não declarada e é possível ver como pessoas, sejam elas traficantes de drogas ou não, foram executadas no mar do Caribe", afirmou Padrino López durante uma avaliação de exercícios militares.

"Executados, sem direito à defesa", insistiu Padrino ao questionar que as lanchas, supostamente procedentes da Venezuela, não tenham sido interceptadas antes. "Com tanta tecnologia e tanto poder e não ser capaz de interceptar uma embarcação nos espaços aquáticos do mar do Caribe".

A Venezuela anunciou na quarta-feira exercícios militares por 72 horas na ilha La Orchila, a cerca de 65 quilômetros do continente venezuelano, e perto de onde os Estados Unidos interceptaram uma embarcação pesqueira por 8 horas no fim de semana passado.

Os exercícios respondem à mobilização realizada pelos Estados Unidos, que acusam o presidente Nicolás Maduro de liderar cartéis de drogas e oferecem US$ 50 milhões (R$ 266 milhões) pela sua captura.

A televisão estatal divulgou imagens sobre as manobras e, conforme detalhou Padrino, "foram lançados mísseis da classe C-802 e C-M90" e foguetes.

"Não houve nenhum acidente nem incidente — durante os exercícios —, o que sempre diz muito sobre o treinamento da Força Armada Nacional Bolivariana", indicou Padrino.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Donald TrumpVenezuelaNicolás Maduro

Mais de Mundo

Conselho de Segurança da ONU aprova retomada de sanções ao Irã por seu programa nuclear

Venezuela anuncia treinamento de civis armados em meio a tensões com os EUA

Câmara de Representantes dos EUA aprova lei para evitar paralisação do governo

Canadá reconhecerá Palestina, mas não normalizará relações à espera de reformas