Publicado em 16 de novembro de 2025 às 18h09.
Última atualização em 16 de novembro de 2025 às 19h03.
A votação das eleições presidenciais e legislativas do Chile foi concluída às 18h deste domingo, 16. Dados iniciais apontam que o comparecimento às urnas foi alto, com longas filas registradas em diferentes partes do país devido ao fato de o voto ser obrigatório pela primeira vez neste tipo de votação e de haver mais de 15,7 milhões de pessoas aptas a ir às urnas.
Os primeiros resultados, pelo menos para a eleição presidencial, devem ser divulgados por volta das 20h. No total, 3.498 centros de votação foram abertos pelo Chile.
Segundo informações do jornal El País, as urnas fecharam no horário previsto mas, em alguns locais, eleitores ainda aguardavam para votar, o que deve atrasar a contagem dos votos nessas regiões.
Apesar do constante fluxo de pessoas em todas as seções eleitorais e do calor intenso, que afetou os eleitores que aguardavam em longas filas para votar, o pleito transcorreu neste domingo sem registro de intercorrências.
A disputa pela Presidência reúne oito candidatos, entre os favoritos estão:
Pesquisas divulgadas antes da votação no Chile apontavam a ex-ministra Jeannette Jara, representante da esquerda e apoiada pelo atual governo do presidente Gabriel Boric, como favorita para liderar o primeiro turno — mas sem vantagem suficiente para evitar o segundo turno em 14 de dezembro, de acordo com informações da EFE.
O maior ponto de incerteza das eleições no Chile está na direita, onde dois nomes aparecem em empate técnico nas pesquisas.
José Antonio Kast, advogado ultracatólico que tenta a Presidência pela terceira vez, buscou moderar o discurso nesta campanha.
Já o deputado libertário Johannes Kaiser cresceu nas últimas semanas defendendo posições mais radicais e prometendo avançar na chamada “batalha cultural”.
A candidata Evelyn Matthei, que já liderou pesquisas, agora aparece em quarto lugar, seguida pelo economista Franco Parisi, que surpreendeu no último pleito ao terminar em terceiro.
Além da disputa presidencial no Chile, o país elege 155 deputados e 23 dos 55 senadores. A direita aparece como favorita para ampliar espaço no Legislativo. Ainda de acordo com a EFE, esse é um fator crucial para a governabilidade dos próximos anos.