Eleitores em centro de votação do pleito legislativo de Buenos Aires (Juan Ignacio Roncoroni/EFE)
Agência de Notícias
Publicado em 7 de setembro de 2025 às 20h56.
Os centros de votação na província de Buenos Aires, a mais populosa da Argentina, fecharam às 18h (mesmo horário em Brasília) deste domingo, enquanto cresce a expectativa pelo resultado das eleições legislativas locais e seu impacto no cenário político do país.
O ministro do Governo da província, Carlos Bianco, declarou à imprensa, pouco depois do fechamento das urnas, que "a jornada eleitoral transcorreu com total normalidade" e destacou a colaboração entre os órgãos eleitorais provinciais e o Ministério da Segurança Nacional para a realização do pleito.
Ele contou, ainda, que os primeiros resultados oficiais serão divulgados a partir das 21h ou quando já tiverem sido apurados 30% dos votos.
"A partir das 8h as seções eleitorais abriram com normalidade. Houve alguns atrasos habituais, mas às 10h as pessoas podiam votar com tranquilidade, e também não houve longas filas", afirmou Bianco do Centro de Apuração de La Plata, capital da província de Buenos Aires.
Mais de 41 mil seções eleitorais foram habilitadas para a votação, para a qual 14,3 milhões estavam aptas a eleger 46 deputados e 23 senadores do Legislativo provincial, que tem, no total, 92 cadeiras na Câmara e 46 no Senado.
Neste domingo, também foram eleitos os membros dos conselhos deliberativos dos 135 municípios da província de Buenos Aires.
Entre as principais frentes que disputavam o pleito deste domingo está a Força Pátria, aliança de diversas correntes do peronismo, incluindo as que são lideradas pelo atual governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, pela ex-presidente Cristina Kirchner e pelo ex-ministro da Economia Sergio Massa.
Outra coligação de destaque é a formada pelo partido ultraliberal A Liberdade Avança (LLA), do presidente Javier Milei, e pelo centro-direitista Proposta Republicana (Pro), do ex-presidente Mauricio Macri.
Tanto o governo Milei quanto o peronismo — a principal força de oposição — trataram a eleição provincial como um termômetro para o pleito de 26 de outubro, no qual será renovada parcialmente a composição do Parlamento argentino.
A província de Buenos Aires tem um importante peso eleitoral, já que concentra 38,6% da população da Argentina