Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia (Vyacheslav Oseledko/AFP)
Redação Exame
Publicado em 25 de outubro de 2025 às 11h34.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse neste sábado, 25, que a União Europeia (UE) está elaborando um plano para reduzir sua dependência das terras raras provenientes da China, após Pequim impor novas restrições à exportação desses minerais — essenciais para setores como o automotivo, eletrônico e de defesa.
Segundo Von der Leyen, as medidas chinesas já obrigaram algumas empresas europeias a interromper a produção, provocando impactos econômicos significativos.
“Nosso objetivo é garantir o acesso a fontes alternativas de matérias-primas críticas a curto, médio e longo prazo para as indústrias europeias”, disse.
Desde abril, a China passou a exigir licenças especiais para certas exportações, o que gerou efeitos em cadeia na manufatura global.
Neste mês, Pequim ampliou os controles, incluindo tecnologias relacionadas às terras raras, usadas na fabricação de ímãs e componentes eletrônicos estratégicos.
Von der Leyen destacou que um dos pilares do plano europeu será o reaproveitamento de materiais. “Algumas empresas já conseguem reciclar até 95% das matérias-primas críticas e das baterias”, afirmou.
A estratégia da UE também prevê o fortalecimento da produção e do processamento interno desses recursos, além de parcerias estratégicas com países como Ucrânia, Austrália, Canadá, Cazaquistão, Uzbequistão, Chile e Groenlândia, para diversificar fornecedores e reduzir vulnerabilidades geopolíticas.