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Trump se encontrará com a rainha Elizabeth na próxima semana

Com exceção de Lyndon Johnson, a rainha conheceu todos os presidentes americanos desde Harry S. Truman em seus 66 anos no trono

Nenhum encontro da rainha com um presidente dos EUA provocou tanta oposição e polêmica no Reino Unido quanto a visita de Trump (Kevin Lamarque/Reuters)

Nenhum encontro da rainha com um presidente dos EUA provocou tanta oposição e polêmica no Reino Unido quanto a visita de Trump (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de julho de 2018 às 13h41.

Londres - Quando Donald Trump se encontrar com a rainha Elizabeth na semana que vem, se tornará o 12º presidente dos Estados Unidos que a monarca conhece em seus 66 anos no trono, um período recorde na história britânica.

Com exceção de Lyndon Johnson, Elizabeth conheceu todos os líderes norte-americanos desde Harry S. Truman, mas nenhum outro encontro com um presidente dos EUA provocou tanta oposição e polêmica no Reino Unido quanto a visita de Trump.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, ofereceu a Trump uma visita de Estado --um evento repleto de pompa que normalmente inclui um passeio em carruagem aberta pelo centro de Londres e um banquete no Palácio de Buckingham-- ao se tornar a primeira líder estrangeira a visitá-lo após sua posse em janeiro de 2017.

Só dois outros presidentes norte-americanos --Barack Obama e George W. Bush-- foram convidados para visitas de Estado completas. Trump terá uma menos sofisticada do que se propôs originalmente, mas se encontrará com Elizabeth, e muitos parlamentares britânico se opuseram até mesmo à sua viagem.

O decreto de Trump proibindo o ingresso de viajantes de vários países de maioria muçulmana nos EUA e seu reenvio de um tuíte publicado pela vice-líder do partido de extrema-direita Britain First, que depois disso foi presa por assédio religioso, causaram repúdio generalizado no país.

Mais recentemente, a separação de crianças imigrantes de seus pais na fronteira EUA-México ressuscitou os pedidos para que May cancelasse a visita de Trump.

"O presidente Trump prendeu mais de duas mil crianças em jaulas e está se recusando a libertá-las a menos que possa construir um muro", disse May no mês passado o parlamentar Gavin Shuker, do Partido Trabalhista, de oposição.

"Ele saiu do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas; ele tem elogiado o tratamento de Kim Jong Un (líder da Coreia do Norte) ao seu próprio povo; e ele rejeitou muçulmanos. O que este homem tem que fazer para que o convite feito pela primeira-ministra seja revogado?", questionou.

Depois que ele foi convidado no ano passado, mais de 1,86 milhão de pessoas assinaram uma petição dizendo que Trump não deveria ter direito a uma visita de Estado porque isso pode constranger a rainha.

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