Mundo

Trump sanciona presidente da Colômbia após alegações de tráfico

Medida foi anunciada nesta sexta-feira, 24 de outubro, pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 24 de outubro de 2025 às 16h06.

Última atualização em 24 de outubro de 2025 às 16h24.

Tudo sobreEstados Unidos (EUA)
Saiba mais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs sanções ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, intensificando o confronto com o país latino-americano em relação ao tráfico de drogas.

A medida foi anunciada nesta sexta-feira, 24, pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA. As sanções atingiram quatro indivíduos, que, de acordo com a agência Bloomberg, foram incluídos em uma "lista especial". Entre os sancionados estão o presidente colombiano, Gustavo Petro, e o ministro do Interior, Armando Benedetti.

Trump criticou Petro, chamando-o de "líder do tráfico de drogas", acusando-o de permitir que o narcotráfico prosperasse durante seu governo e ameaçando impor sanções às exportações colombianas.

O anúncio aconteceu após a decisão de Trump, em setembro, de "descertificar" a Colômbia como parceira no combate ao narcotráfico, colocando o país na mesma categoria de nações como Venezuela, Bolívia, Afeganistão e Mianmar. Essa ação ocorre no contexto de um aumento histórico na produção de cocaína, sendo a maior parte originária da Colômbia.

Novos ataques a embarcações

Um ataque realizado pelos Estados Unidos a um suposto navio de tráfico de drogas resultou na morte de seis pessoas, identificados como narcoterroristas, no Caribe. A operação foi informada pelo secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, nesta sexta-feira, 24.

O incidente marca a mais recente ação da operação antidrogas do governo de Donald Trump na região.

Por meio de uma publicação na rede social X, Hegseth destacou que essa foi a primeira ação noturna desde o início da campanha em setembro. De acordo com ele, o navio era operado pelo grupo criminoso Tren de Aragua.

"Durante a noite, sob as ordens do presidente Trump, o Departamento de Guerra realizou um ataque cinético letal contra uma embarcação operada pelo Tren de Aragua (TdA), uma Organização Terrorista Designada (OTD), que traficava narcóticos no Mar do Caribe", afirmou o secretário de Defesa dos EUA.

Hegseth também afirmou que as equipes de inteligência americanas tinham conhecimento de que a embarcação estava envolvida no tráfico ilegal de narcóticos e seguia uma rota conhecida por ser usada no contrabando de drogas e transportava substâncias ilícitas". No entanto, o Pentágono não revelou evidências que comprovem esse suposto transporte de drogas ou as conexões criminosas dos tripulantes, segundo a agência de notícias EFE.

Na publicação, ele reforçou que todas as pessoas a bordo morreram: "Seis narcoterroristas estavam a bordo da embarcação durante o ataque, que foi realizado em águas internacionais — e foi o primeiro ataque noturno. Todos os seis terroristas foram mortos e nenhuma força americana foi ferida neste ataque".

No texto, o secretário também ameaçou: "Se você é um narcoterrorista que contrabandeia drogas em nosso hemisfério, nós o trataremos como tratamos a Al-Qaeda. De dia ou de noite, mapearemos suas redes, rastrearemos seus membros, caçaremos você e o eliminaremos".

Hegseth mencionou que este foi o “primeiro ataque noturno” realizado pelas forças americanas, mas destacou que, desde que Trump deu a ordem para o início da campanha militar visando combater o suposto tráfico de drogas para os EUA, já foram realizadas cerca de dez operações entre o Caribe e o Pacífico oriental.

O presidente dos EUA determinou o envio de navios e aeronaves militares para as costas do Caribe, com o objetivo de combater o tráfico de drogas, o que gerou tensões com os presidentes da Colômbia e da Venezuela, Gustavo Petro e Nicolás Maduro. Trump os acusa de liderar "redes de tráfico de drogas" a partir de seus países, uma acusação que ambos negam.

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Tráfico de drogas

Mais de Mundo

EUA atacam outra suposta embarcação de narcotraficantes no Caribe

EUA diz que países devem normalizar relações com Israel

Primeira-ministra do Japão reafirma postura rígida contra imigrantes

Trump encerra negociações comerciais com o Canadá