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Trump dá prazo para que Hamas aceite acordo em Gaza até domingo ou enfrentará 'inferno total'

Hamas informou que precisa de mais tempo para analisar plano do presidente dos Estados Unidos

Publicado em 3 de outubro de 2025 às 11h48.

Última atualização em 3 de outubro de 2025 às 12h28.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um prazo ao Hamas nesta sexta-feira, 3, para que aceite seu acordo de paz em Gaza até às 19h00 (horário de Brasília) de domingo, 5.

Trump postou um comunicado em sua rede social, Truth Social, informando que caso a negociação final não seja alcançada, "um inferno total, como ninguém jamais viu, se desencadeará sobre o Hamas", escreveu.

O Hamas informou nesta sexta-feira que precisa de mais tempo para analisar o plano de Trump.

Pensado pelo presidente americano, o plano prevê um cessar-fogo, a libertação dos reféns israelenses em 72 horas, o desarmamento do Hamas e a retirada gradual do Exército de Israel de Gaza.

Apoiado por vários países árabes e ocidentais, o plano apresenta algumas incógnitas, como o cronograma da retirada israelense e a modalidade do desarmamento do Hamas.

Mohamad Nazal, membro do conselho político do Hamas, afirmou em um comunicado que o plano apresenta pontos que preocupam.

"Estamos em contato com os mediadores e com as partes árabes e islâmicas, e levamos muito a sério a possibilidade de alcançar um acordo", explicou. "Em breve anunciaremos nossa posição".

Duas opiniões dentro do Hamas

Em meio à expectativa sobre a resposta do Hamas, Hugh Lovatt, pesquisador do Conselho Europeu de Relações Exteriores, explicou que o Catar pode pressionar o movimento, mas "em última análise, não se trata apenas de convencer os líderes do Hamas em Doha, mas também os líderes em Gaza e os membros e combatentes do Hamas em Gaza".

Uma fonte palestina próxima à liderança do Hamas disse à AFP na quarta-feira que o grupo "quer alterar algumas das cláusulas, como o desarmamento e a expulsão dos líderes do Hamas e das facções".

Também quer "garantias internacionais de uma retirada completa de Israel da Faixa de Gaza" e de que não haverá tentativas de assassinato contra eles dentro ou fora do território, detalhou esta fonte.

Outra fonte próxima às negociações explicou à AFP que "existem duas opiniões dentro do Hamas".

"A primeira apoia a aprovação incondicional, já que a prioridade é um cessar-fogo sob as garantias de Trump", apontou.

"A segunda tem importantes reservas em relação a algumas cláusulas-chave, rejeita o desarmamento e a expulsão de qualquer palestino de Gaza. Opta por uma aprovação condicional com esclarecimentos que reflitam as demandas do Hamas e das facções de resistência", afirmou.

*Com informações da AFP

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