Agência de notícias
Publicado em 18 de junho de 2025 às 13h45.
Última atualização em 18 de junho de 2025 às 13h56.
Poucas horas antes de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciar se manterá ou não a taxa de juros nos Estados Unidos, o presidente do país, Donald Trump, retomou os ataques a Jerome Powell, presidente da instituição, e insinuou que poderia, ele mesmo, assumir o órgão.
— Eu tento de todo jeito. Sou desagradável. Sou simpático. Nada funciona. Ele é simplesmente uma pessoa estúpida — disse Trump em evento na Casa Branca.
Ele instou Powell a reduzir os juros em até 2,5 pontos percentuais e voltou a cogitar substituí-lo no comando do Fed.
— Talvez eu devesse ir para o Fed. Eu posso me nomear? — indagou.
O mandato de Powell vai até maio de 2026. Trump tem feito repetidas críticas a ele e exigido a queda dos juros americanos, que estão entre 4,25% a 4,5% ao ano — diferentemente do que acontece no Brasil, onde a taxa é fixada em um determinado percentual, nos EUA, ela varia dentro de uma banda.
A expectativa de analistas é que os juros sejam mantidos, na contramão do que vem ocorrendo em outros países ricos.
Formuladores de política monetária do Banco Central Europeu, do Banco do Canadá e de autoridades monetárias de outros países anunciaram cortes nas taxas de juro nos últimos meses, em grande parte como resposta aos efeitos da guerra comercial iniciada por Trump, que deve desacelerar o crescimento global.
No caso americano, a inflação está estável, mas o mercado de trabalho continua aquecido. Além disso, dizem analistas, riscos como a guerra tarifária e o conflito do Oriente Médio levam o Fed a ser mais cauteloso.