Redação Exame
Publicado em 15 de junho de 2025 às 11h19.
O governo do presidente Donald Trump analisa a possibilidade de proibir a entrada de cidadãos de 36 novos países, como parte de um plano de ampliação do veto migratório já em vigor desde seu primeiro mandato.
Entre os países avaliados estão Nigéria, Síria, Egito, Etiópia e Angola, citados em um documento interno do Departamento de Estado dos EUA obtido pela Reuters como nações com falhas na emissão de documentos, ausência de colaboração em deportações ou riscos associados à segurança nacional.
Atualmente, os Estados Unidos já impõem restrições totais ou parciais a viajantes de 19 países, incluindo Irã, Afeganistão, Cuba e Venezuela. Com a nova medida, o total de países afetados pode mais que dobrar.
O relatório, assinado pelo secretário de Estado Marco Rubio, estabelece um prazo de até 60 dias para que os governos listados apresentem melhorias na segurança de seus passaportes, no compartilhamento de dados e no combate a atividades ilegais. Caso contrário, os cidadãos desses países poderão ser impedidos de entrar em território americano.
O documento destaca que cada país foi incluído por diferentes razões, e que as penalidades também podem variar, indo de restrições parciais até a suspensão total de vistos para turismo, negócios ou residência.
A medida faz parte de uma nova fase de ações do governo Trump voltadas à restrição de entrada de estrangeiros, sob o argumento de proteger a segurança nacional.
Nos últimos meses, a Casa Branca intensificou deportações, restringiu vistos estudantis e retomou a política de deportar imigrantes indocumentados para países terceiros, como El Salvador.
A justificativa oficial é de que as medidas buscam prevenir riscos associados a crimes transnacionais, terrorismo e fraudes em processos migratórios.
O veto migratório é uma das marcas das políticas internas de Trump desde 2017, e segue sendo expandido em meio à campanha pela reeleição.
os 36 países citados na proposta do Departamento de Estado dos EUA:
Angola
Argélia
Belarus
Burundi
Camarões
Chade
Comores
República Democrática do Congo
Djibuti
Egito
Eritreia
Etiópia
Guiné Equatorial
Guiné-Bissau
Guiana
Irã
Iraque
Líbano
Líbia
Mali
Mauritânia
Marrocos
Myanmar (antiga Birmânia)
Níger
Nigéria
Coreia do Norte
Paquistão
Filipinas
Arábia Saudita
Senegal
Serra Leoa
Somália
Sudão do Sul
Síria
Tunísia
Iêmen