Repórter
Publicado em 16 de maio de 2025 às 06h42.
Os Estados Unidos e a Arábia Saudita anunciaram um acordo para chips nesta sexta-feira, 16. A partir de agora, será permitida a compra de semicondutores de ponta por parte do governo do país árabe. O objetivo é impulsionar os projetos locais de inteligência artificial.
“Ambos países concordaram em criar um caminho para os Emirados comprarem alguns dos chips de IA mais avançados do mundo, fabricados por empresas americanas”, afirmou Trump durante visita a Abu Dhabi.
A declaração se refere a um acordo inicial que permitiria aos Emirados importar 500 mil chips H100 da Nvidia por ano, considerados os mais avançados da empresa. Os componentes são essenciais para a operação de data centers que alimentam sistemas de IA avançados.
A medida marca uma guinada na política de restrições dos EUA. O governo Trump indicou que pretende revogar regras que limitavam a exportação de chips de IA a países aliados. As normas, criadas durante o governo Biden, tinham como foco a contenção da disseminação dessas tecnologias para países considerados estratégicos ou rivais, como a China.
O avanço dos Emirados no setor tem sido acelerado por investimentos robustos em infraestrutura tecnológica. Na quinta, o Departamento de Comércio dos EUA confirmou parceria com o país árabe para construir um dos maiores complexos de IA fora do território americano.
O projeto prevê a construção de um data center com capacidade de 5 gigawatts em uma área de 10 milhas quadradas, a ser desenvolvido pela empresa local G42, com participação de companhias norte-americanas. Os nomes das empresas ainda não foram revelados.
A iniciativa atraiu atenção de líderes da tecnologia dos Estados Unidos. A comitiva que acompanhou Trump na viagem ao Oriente Médio contou com nomes como Jensen Huang, CEO da Nvidia, Sam Altman, da OpenAI, Masayoshi Son, do SoftBank, e Jeetu Patel, presidente da Cisco.