Rio de Janeiro - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) homologou nesta sexta-feira a aprovação do plano de recuperação judicial da Óleo e Gás Participações, ex-OGX.
    A decisão foi tomada pelo juiz Gilberto Clovis Faria Mattos, da 4a Vara Empresarial do TJRJ. 
    O plano de recuperação havia sido aprovado em uma assembleia de credores em 3 de junho e a homologação do plano pela Justiça já era esperada pelo mercado.
    Pelo plano de recuperação judicial, credores deverão assumir o controle da companhia e o empresário Eike Batista terá sua participação reduzida para 5 por cento.
    A companhia de petróleo é autora do maior pedido de recuperação judicial da história da América Latina. 
    O pedido foi feito no Rio de Janeiro em 30 de outubro passado, depois que os primeiros poços de petróleo da empresa produziram menos do que o esperado e os investidores perderam confiança na capacidade da empresa honrar pagamentos e financiar novos empreendimentos.
    A empresa deve cerca de 5 bilhões de dólares a grupos que incluem o fundo Pacific Investment Management, a companhia de serviços petrolíferos Schlumberger e sua empresa irmã, a OSX.
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                    1. Acerto de contas
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1/11  (Fred Prouser / Reuters)
	São Paulo – O empresário 
Eike Batista, que já foi o sétimo homem mais rico do mundo pela Forbes, se desfaz hoje de uma série de ativos com o objetivo de acertar as contas com os credores ou, pelo menos, economizar um pouco. O mais recente deles foi o Hotel Glória, 
vendido pra o grupo suíço Acron, e parte da 
CCX para a turca Yildirim. A seguir, relembre quais negócios tiveram que ser passados para frente por ele desde a decadência de seu império X no ano passado. 	* Atualizado às 9h, do dia 4/02
 
                
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                    2. CCX
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2/11  (Divulgação)
	Na segunda-feira, 03 de fevereiro, Eike assinou um acordo para vender ativos da empresa de carvão CCX na Colômbia para a turca Yildirim por 125 milhões de dólares. O valor é 72% abaixo do previsto em um memorando assinado entre as duas companhias no final de outubro, de 450 milhões de dólares.
 
                
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                    3. OGX (agora OGP)
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3/11  (Divulgação)
	A Óleo e Gás Participações, ex-
OGX, está atualmente tendo suas documentações analisadas pela agência reguladora do setor de petróleo. O objetivo é saber se a companhia tem capacidade financeira para manter blocos exploratórios sob concessão. Rebatizada de OGP, a petroleira entrou em recuperação judicial em 30 de outubro, com dívidas de quase 14 bilhões de reais – trata-se do maior processo de recuperação judicial já feito na América Latina. 
 
                
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                    4. MMX
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4/11  (Rich Press/Bloomberg)
	A companhia holandesa Trafigura é o novo dono do principal ativo da mineradora MMX desde setembro, quando pagou 400 milhões de dólares por 65% do Porto Sudeste, em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A companhia já vendeu ativos no Chile para a chilena Cooper Mining e ainda colocou outros em seus classificados, segundo informações divulgadas pelo mercado – o sistema Serra Azul, em Minas Gerais, é um dos que estaria à venda. 
 
                
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                    5. LLX (agora Prumo)
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5/11  (Divulgação)
	Desde outubro, a empresa de logística de Eike mudou de comando e, pouco tempo depois, também de nome. A companhia, cujo principal ativo é o Porto de Açú, no Rio de Janeiro, foi vendida para o grupo EIG, que irá injetar 1,3 bilhão de reais na reestruturação da empresa, agora rebatizada de Prumo. Com a venda, o empresário viu sua fatia cair de estimados 53% para 21%. 
 
                
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                    6. OSX
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6/11  (Divulgação)
	Uma das empresas mais dependentes da petroleira OGX, a OSX teve uma série de pedidos de plataforma de construção naval cancelados pela petroleira do mesmo grupo, motivo pelo qual passou a atrasar o pagamento de fornecedores. O BTG 
estaria negociando a venda do estaleiro desde julho, inclusive com conversas com Jurong e a Fels, ambos de Cingapura, e a Odebrecht, mas nada foi fechado por enquanto. A empresa segue em recuperação judicial, com uma dívida bilionária.
 
                
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                    7. Pink Fleet
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7/11  (Divulgação)
	O luxuoso iate do empresário, o Pink Fleet, era usado para eventos corporativos e passeios turísticos na Baía de Guanabara até ter de entrar no acerto de contas de Eike com os credores. Porém, a venda não gerou interesse e passou-se a cogitar então a doação do iate para a Marinha – que também rejeitou a oferta. No fim das contas, Pink Fleet deve virar sucata – ao menos para reduzir os custos elevados de mantê-lo funcionando. 
 
                
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                    8. Rock in Rio
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8/11  (Buda Mendes/Getty Images)
	Roberto Medina já afirmou em alto e bom que não quer mais Eike como sócio no festival Rock in Rio e até já já contratou o BTG Pactual para tocar a negociação. O que o empresário não sabia, no entanto, era que Eike teria oferecido sua fatia de 50% no festival ao fundo Mubadala como garantia de empréstimos, 
de acordo com a coluna Radar, de Veja. 
 
                
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                    9. Marina da Glória
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9/11  (GettyImages)
	No início de março, a MGX Empreendimentos Imobiliários e Serviços Náuticos, do empresário, já havia anunciado que a Marina da Glória, no Rio de Janeiro, passaria por uma reformulação e seria liderada por uma nova equipe. Meses depois, no final de setembro, o controle do negócio já tinha mudado de mãos. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a venda do controle para uma holding do setor, a BRM Holding de Investimento Glória.
 
                
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                    10. Jato
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10/11  (Divulgação/Gulfstream)
	Ainda em janeiro, o empresário 
teria vendido seu jato Gulfstream 550 a um milionário chinês por 41 milhões de dólares. Vale lembrar que ex-homem mais rico do Brasil chegou a ter uma frota de seis jatos e helicópteros. Agora, só sobrou o helicóptero Agusta Grand, também à venda.
 
                
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                    11. Agora, veja os 10 bilionários que mais perderam dinheiro em 2013
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11/11  (Flickr)