Redação Exame
Publicado em 3 de julho de 2025 às 07h50.
Nesta quinta-feira, 3, um terremoto de magnitude preliminar 5,5 atingiu uma ilha remota no sudoeste do Japão, especificamente na costa do arquipélago de Tokara, localizado na província de Kagoshima. O tremor aconteceu a uma profundidade de 20 km e não resultou em alertas de tsunami, como informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Embora a intensidade sísmica tenha sido classificada como "6 menor" na escala japonesa, o impacto foi considerável, especialmente na Ilha de Akuseki, que tem uma população de apenas 89 habitantes.
O terremoto faz parte de uma sequência de tremores que têm atingido a região desde junho. A atividade sísmica tem sido intensa, com mais de 900 tremores registrados entre 21 de junho e 3 de julho, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão. Embora a situação não tenha causado grandes danos até o momento, a preocupação com novos abalos permanece alta. A intensidade dos tremores tem sido suficiente para dificultar a permanência em pé das pessoas, conforme relatado pela Agência Meteorológica do Japão.
A região do Tokara tem sido particularmente afetada por essa série de tremores, com muitos moradores enfrentando dificuldades para dormir devido ao constante movimento da terra. O arquipélago, que é uma das áreas mais sísmicas do Japão, tem experimentado tremores frequentes, sendo que o número de tremores diários chegou a 183 em 23 de junho, antes de diminuir e depois voltar a aumentar.
Embora nenhum grande dano tenha sido reportado, especialistas alertam para a possibilidade de novos tremores mais fortes na região. Ayataka Ebita, diretor da divisão de observação de terremotos e tsunamis da Agência Meteorológica do Japão, mencionou em coletiva que os residentes devem estar preparados para possíveis evacuações. "A atividade sísmica tem sido muito ativa nos mares ao redor do arquipélago de Tokara desde 21 de junho", afirmou Ebita.
O episódio também trouxe à tona a vulnerabilidade da região devido à sua topografia peculiar, que facilita a acumulação de pressão sob o leito marinho. A situação ocorre em um contexto de grande atividade sísmica no Japão, um dos países mais propensos a terremotos, com o arquipélago localizado sobre quatro placas tectônicas principais ao longo do "Cinturão de Fogo" do Pacífico.
Embora o número de tremores tenha diminuído nos últimos dias, a incerteza sobre o fim da atividade sísmica e o risco de um "mega-terremoto" ainda persistem.