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Tensão entre EUA e Colômbia cresce após Trump suspender subsídios em larga escala

Gustavo Petro, presidente da Colômbia, rebate acusações e diz que presidente americano está sendo 'enganado por assessores'

Gustavo Petro e Donald Trump: tensão entre presidentes da Colômbia e EUA cresce após Washington subsídios em larga escala à Bogotá. ( LUIS ACOSTA e Jim WATSON/AFP)

Gustavo Petro e Donald Trump: tensão entre presidentes da Colômbia e EUA cresce após Washington subsídios em larga escala à Bogotá. ( LUIS ACOSTA e Jim WATSON/AFP)

Publicado em 19 de outubro de 2025 às 13h40.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo, 19, o fim dos pagamentos e subsídios em larga escala à Colômbia, acusando o presidente Gustavo Petro de permitir a expansão da produção de drogas no país.

Em mensagem publicada na plataforma Truth Social, Trump afirmou que “a partir de hoje, estes pagamentos, ou qualquer outra forma de subsídio, não serão mais feitos à Colômbia”.

O republicano acusou Petro de “incentivar fortemente a produção em massa de drogas” e sugeriu uma possível ação direta dos EUA caso a situação não mude.

Petro rebate e diz que Trump está 'mal assessorado'

O presidente colombiano respondeu rapidamente às declarações, afirmando que Trump está sendo “enganado por assessores”.

“Recomendo que leia bem sobre a Colômbia e determine em que parte estão os narcotraficantes e em que parte estão os democratas”, escreveu Petro na rede social X (antigo Twitter).

Petro também disse respeitar o povo americano e destacou que “o problema é com Trump, não com os Estados Unidos”.

Fim de certificação e tensão crescente

No mês passado, Washington retirou da Colômbia a certificação de país aliado na luta contra as drogas, o que já havia sinalizado um desgaste nas relações bilaterais. O status garantia ao país latino-americano centenas de milhões de dólares em apoio militar e humanitário.

De acordo com dados oficiais dos EUA, a Colômbia foi o maior destino de ajuda financeira americana na América do Sul em 2023, com mais de US$ 740 milhões (cerca de R$ 3,9 bilhões).

Metade desse montante era voltada ao combate ao narcotráfico, enquanto o restante financiava programas alimentares e humanitários.

Ameaça de intervenção

As trocas de acusações entre Trump e Petro se intensificaram nas últimas semanas, em meio à ofensiva militar americana no Caribe contra embarcações suspeitas de transportar drogas.

Em sua nova publicação, o presidente dos EUA classificou Petro como “um líder impopular com uma língua afiada em relação aos Estados Unidos” e ameaçou agir:

“É melhor fechar imediatamente estes campos de extermínio, ou os Estados Unidos vão fechá-los por ele — e isso não será feito de forma agradável”.

O governo colombiano acusa Washington de violar sua soberania e de ter matado um pescador em uma das operações.

Petro defende que, sob seu comando, o país reduziu o ritmo de crescimento dos cultivos ilegais e que os números da ONU têm falhas metodológicas.

*Com informações da AFP

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