Redatora
Publicado em 17 de julho de 2025 às 08h49.
Singapura manteve a liderança como a cidade mais cara do mundo para pessoas de alta renda em 2025, segundo o relatório anual Global Wealth and Lifestyle do banco suíço Julius Baer. É o terceiro ano consecutivo em que a cidade ocupa o topo do ranking, que avalia o custo de vida de indivíduos com patrimônio a partir de US$ 1 milhão em 25 grandes centros urbanos.
O levantamento considera uma cesta de 20 bens e serviços comumente consumidos por esse público, de carros e joias a advogados e escolas particulares. Neste ano, o estudo apontou uma queda de 2% no custo de vida em dólar para esse segmento da população.
Apesar da retração, o relatório destaca que, historicamente, os preços voltados ao consumo de luxo sobem ao dobro do ritmo dos preços médios ao consumidor. Desta vez, o recuo foi puxado pela desvalorização de produtos de tecnologia, tendência observada em todas as regiões.
Por outro lado, algumas categorias ficaram bem mais caras: o preço das passagens aéreas na classe executiva subiu 18,2%, enquanto os relógios de luxo encareceram 5,6% no último ano.
A Europa emplacou cinco representantes no ranking, com destaque para Londres, que aparece em segundo lugar globalmente. Segundo o estudo, a capital britânica tem mantido posição de destaque mesmo diante de choques como a crise financeira global, o Brexit e a guerra na Ucrânia, graças ao seu status como centro financeiro moderno, cultural e cosmopolita.
Do outro lado do mundo, Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, subiu da 12ª para a 7ª posição, impulsionada pela valorização de imóveis, automóveis e até do champanhe.
Já Xangai, na China, caiu do quarto para o sexto lugar, bem distante do primeiro posto que chegou a ocupar em 2022.
A região da Ásia e do Pacífico consolidou-se como a mais dinâmica em termos de crescimento da riqueza. Singapura e Hong Kong figuram entre os três primeiros lugares, e o número de indivíduos de alta renda na região subiu 5% em 2024, atingindo 855 mil pessoas, de acordo com estimativas do Julius Baer.
Apesar de cara, Singapura ainda é considerada altamente habitável. O país se destaca como destino para residência e mudança, apoiado por fatores como estabilidade política, segurança, sistema de saúde eficiente e educação de qualidade.
O relatório também menciona o avanço da cidade no turismo de bem-estar, com a inauguração de jardins terapêuticos voltados à saúde mental, reflexo de uma tendência global de foco na longevidade.
As tarifas anunciadas recentemente pelos Estados Unidos não foram consideradas nesta edição do relatório do banco, que finalizou a coleta de dados antes do anúncio oficial feito pelo presidente Donald Trump.
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