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Sim ao casamento gay é mensagem sobre igualdade, diz premiê

Primeiro-ministro da Irlanda, o democrata-cristão Enda Kenny comemorou que seu país tenha enviado uma mensagem de igualdade ao aprovar o casamento gay

Irlanda celebra a legalização do casamento gay: país se tornou o primeiro país do mundo a reconhecer este casamento por voto popular (Reuters)

Irlanda celebra a legalização do casamento gay: país se tornou o primeiro país do mundo a reconhecer este casamento por voto popular (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2015 às 18h37.

Dublin - O primeiro-ministro da Irlanda, o democrata-cristão Enda Kenny, comemorou neste sábado que seu "pequeno país" tenha sido capaz de enviar uma "mensagem global" sobre a igualdade ao aprovar, com apoio maciço da população no referendo, o casamento gay.

O chefe do governo de Dublin, de coalizão entre conservadores e trabalhistas, afirmou que a Irlanda, um país ainda majoritariamente católico, pode agora continuar avançando para "criar uma sociedade mais justa e sensível".

O eleitorado irlandês, de pouco mais de três milhões de pessoas, aprovou com 62,07% dos votos a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, com apenas 37,09% de votos contra a proposta.

A participação foi de 60,52%, a mais alta desde o referendo sobre a legalização do divórcio, em 1996.

A Irlanda se transformou no primeiro país do mundo a reconhecer o casamento homossexual por vontade popular, ressaltou o primeiro-ministro.

Após conhecer os resultados definitivos, Kenny destacou a clara vitória do "sim". Das 43 circunscrições que compõem o mapa eleitoral irlandês, só na de Roscommon-Leitrim Sul, uma zona rural no noroeste do país, o "não" ganhou, com 51,42% dos votos.

Kenny estava acompanhado na entrevista coletiva por Joan Burton, vice-primeira-ministra e líder do Partido Trabalhista, formação que propôs aos conservadores, de Kenny, convocar um plebiscito para legalizar o casamento gay, como defendeu durante a campanha eleitoral de 2011.

"Quando olho para trás e analiso a campanha (do referendo), penso em muitas coisas. Penso nas pessoas que tornaram isso possível e naqueles que terão suas vidas mudadas para sempre", disse Burton.

"Mas principalmente, lembro das crianças que vão crescer sabendo que seu país os aceita independentemente do que forem quando crescerem e de por quem se apaixonarem um dia". 

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