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Separatistas querem negociar somente em pé de igualdade

Líder da autoproclamada república popular de Donetsk declarou que está disposto a negociar com as autoridades, desde que em pé de igualdade


	Separatistas pró-Rússia: líder reforçou que milícias nunca deporão armas
 (Shamil Zhumatov/Reuters)

Separatistas pró-Rússia: líder reforçou que milícias nunca deporão armas (Shamil Zhumatov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 10h00.

Moscou - O líder da autoproclamada república popular de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko, declarou nesta terça-feira que está disposto a negociar com as autoridades de Kiev sempre, desde que em pé de igualdade.

"Sempre estivemos abertos às conversas. Esperamos propostas, propostas razoáveis, e não a de depor as armas e fechar a fronteira (com a Rússia)", disse Zakharchenko à imprensa, segundo a agência oficial russa "RIA Novosti".

O dirigente separatista pró-Rússia reforçou que as milícias nunca deporão as armas, e disse: "Nem sonhem".

"É preciso reconhecer o Estado criado (a república popular de Donetsk). Entendo que para eles (os ucranianos) será impossível ou que moralmente não poderão reconhecê-lo imediatamente", disse Zakharchenko.

O líder separatista criticou o ataque a civis: "estamos contra a guerra e não queremos que morram civis".

Kiev, que se recusa a negociar com os separatistas, declarou na segunda-feira que está disposta a um cessar-fogo no leste do país, mas com condições, sendo uma delas a ipermeabilidade da fronteira com a Rússia, por onde, segundo o governo ucraniano, as milícias pró-russas recebem armas e reforços.

Segundo o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Pavlo Klimkin, para um cessar-fogo são necessárias "três coisas: que a fronteira (com a Rússia) seja totalmente segura; que a OSCE supervisione o cessar-fogo em todas partes, inclusive ao longo de fronteira, que sejam libertados todos os retidos e que ninguém tente capturar novos reféns".

"Queremos que o cessar-fogo seja real e dos dois lados. E isto é possível só se a Rússia der passos decididos para diminuir a tensão", insistiu o chanceler ucraniano.

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