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Rússia diz que ainda não há data para encontro entre Putin e Trump

Kremlin afirma que encontro em Budapeste precisa de “preparação séria”, enquanto Trump fala em reunião nas próximas semanas

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 21 de outubro de 2025 às 08h28.

O governo da Rússia afirmou nesta terça-feira que não foi estabelecido "nenhum prazo concreto" para a reunião de cúpula entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump sobre a Ucrânia, esfriando as expectativas de um encontro rápido entre as partes.

Após uma conversa telefônica na semana passada, os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos anunciaram que se reunirão em Budapeste para buscar uma solução para a guerra na Ucrânia, iniciada com a ofensiva de Moscou em fevereiro de 2022.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, conversaram na segunda-feira para discutir os preparativos do encontro de cúpula. Os dois devem se reunir presencialmente para finalizar os detalhes.

Trump disse que a reunião com Putin poderia ocorrer em duas semanas.

"Inicialmente, não foi definido um cronograma preciso", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em entrevista coletiva, indicando que o encontro ainda depende de ampla coordenação diplomática.

Ao ser questionado se a reunião poderia ser adiada, Peskov respondeu: "Não se pode adiar algo que não foi definido de maneira definitiva... Precisamos de preparação, uma preparação séria".

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, também afirmou que é "prematuro falar sobre o calendário" da reunião preparatória entre Lavrov e Rubio, pois "deve ser preparada adequadamente".

Guerra sem avanço diplomático

Trump, que declarou ser capaz de resolver a guerra na Ucrânia "em questão de horas" ao retornar à Casa Branca, tem demonstrado frustração com a falta de progresso no processo de paz.

Putin, por sua vez, rejeitou múltiplos apelos por um cessar-fogo e mantém uma lista de exigências consideradas inaceitáveis por Kiev.

Enquanto as tratativas não avançam, o conflito — que já ultrapassa dois anos e meio — segue sem perspectiva de acordo e com o front militar estável, mas devastado.

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