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Reino Unido anuncia 1,5 bilhão de libras para ampliação da produção de armas

O primeiro-ministro trabalhista, Keir Starmer, anunciou que os gastos de defesa do país alcançarão 2,5% do PIB em 2027, frente aos 2,3% atuais

Agência o Globo
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Publicado em 1 de junho de 2025 às 08h50.

O governo do Reino Unido anunciou no sábado que irá investir £1,5 bilhão (R$ 11,5 bilhões) para construir novas fábricas de armas e munições, dias antes da publicação do novo plano estratégico de defesa. Os EUA têm cobrado que seus aliados invistam mais em armamento.

Em fevereiro, o primeiro-ministro trabalhista, Keir Starmer, anunciou que os gastos de defesa do país alcançarão 2,5% do PIB em 2027, frente aos 2,3% atuais. A ambição do governo é atingir 3% do PIB na próxima legislatura - depois de 2029.

A atualização do documento define as ameaças que o Estado britânico enfrenta, e especifica como o governo espera se preparar no plano militar para enfrentá-las, uma vez que novos desafios em matéria de segurança surgiram na Europa.

De acordo com o Ministério da Defesa, a nova estratégia é melhorar a produção de armamento. – [O plano] recomenda criar uma capacidade de produção de munições 'sempre ativa' no Reino Unido, que facilite o aumento rápido da produção, se necessário, além de criar as bases industriais para um aumento das reservas de munições destinadas a responder à demanda de uma guerra a ritmo elevado – frisou o comunicado da Pasta.

Serão pelo menos seis novas fábricas de armamentos financiadas pelo governo britânico, com o objetivo de produção de até 7.000 armas de longo alcance, com a expectativa de criação de cerca de 1.800 empregos no país.

-- Reforçaremos a base industrial do Reino Unido para melhor dissuadir nossos adversários e para que a nação seja mais segura internamente e mais forte no exterior -- declarou o ministro da Defesa, John Healey.

Ainda de acordo com Healey -- as duras lições surgidas da invasão ilegal da Ucrânia por [o presidente russo Vladimir] Putin mostram que um exército não é forte se a indústria que o apoia também não é forte -- acrescentou.

A atualização da estratégia de defesa, liderada pelo ex-secretário geral da Otan George Robertson, é pautada em uma nova era de ameaças, com o aumento da potência da inteligência artificial, drones e outras tecnologias que mudam a natureza dos conflitos, analisou o diário The Guardian. – A Rússia é um perigo imediato, enquanto a China é um desafio complexo e sofisticado.

O governo do Reino Unido prevê ainda reforçar suas capacidades cibernéticas, com previsão de investir £1 bilhão (R$ 7,7 bilhões) em um sistema inovador de detecção e de mira para suas forças no combate.

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