Mundo

Rainha da Jordânia pede combate ao EI para salvar o Islã

A rainha Rania da Jordânia fez apelo ao mundo árabe para que não deixe o caminho livre aos jihadistas do Estado Islâmico


	Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar jornalista
 (Ho/AFP)

Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar jornalista (Ho/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 13h07.

Abu Dhabi - A rainha Rania da Jordânia fez um apelo nesta terça-feira ao mundo árabe para que não deixe o caminho livre aos extremistas islâmicos, que passam uma imagem muito negativa do Oriente Médio e do islã.

"Nosso silêncio é o melhor presente para os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI). Somos cúmplices de seu êxito em termos de imagem", disse a rainha.

Rania fez a declaração durante a abertura de uma reunião anual dos meios de comunicação em Abu Dhabi, que reúne durante três dias profissionais da imprensa de vários países.

"O futuro do Oriente Médio e do islã depende do combate da coalizão internacional contra o EI, um combate que os moderados devem vencer".

"Uma minoria de extremistas sem fé utiliza as redes sociais para reescrever nossa história e modificar nossa identidade", acusou.

"Pelo bem de cada um de nós, pelo islã e pelo mundo árabe, pelo futuro de nossos jovens, devemos escrever um novo relato de divulgá-lo ao mundo", afirmou a rainha Rania aos meios de comunicação árabes.

"Porque se não decidirmos o que é nossa identidade e o que será nossa herança, os extremistas o farão por nós", advertiu.

A rainha da Jordânia destacou que a longo prazo, para acabar com o extremismo, será necessário investir em "educação de qualidade para todos, meninos e meninas, e na criação de empregos".

"A educação por si só não é a solução. Também precisamos de empregos", explicou, antes de recordar que o mundo árabe deve "criar 100 milhões de empregos até o ano 2020 para absorver os que chegam ao mercado de trabalho".

Os jihadistas do EI, conhecidos por cometer atrocidades nos territórios sob seu controle na Síria e no Iraque, utilizam a internet como instrumento de propaganda. Nos últimos meses divulgaram vídeos de decapitações de reféns ocidentais e de soldados sírios.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoIslamismoJordâniaOriente Médio

Mais de Mundo

México pede que EUA reconheçam que têm 'um problema grave de consumo de drogas'

Rússia considera 'inaceitável' plano europeu para força de paz na Ucrânia

Trump publica carta endereçada a Bolsonaro e volta a criticar processo no STF

Casa Branca responde Lula e diz que Trump não quer ser o 'imperador do mundo'