Mundo

PSDB e PT se preparam para depoimento de Cachoeira

Oposição está convencida de que o contraventor era uma espécie de lobista da Delta Construções

Cachoeira pode permanecer calado durante toda a audiência, conforme sinalizou seu advogado Márcio Thomas Bastos (Roosewelt Pinheiro/Abr)

Cachoeira pode permanecer calado durante toda a audiência, conforme sinalizou seu advogado Márcio Thomas Bastos (Roosewelt Pinheiro/Abr)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 09h43.

Brasília - Em funcionamento há pouco mais de 15 dias, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira terá seu primeiro grande momento nesta semana, com o depoimento do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Mesmo diante da perspectiva de Cachoeira permanecer calado durante toda a audiência, conforme sinalizou seu advogado Márcio Thomas Bastos, os 64 titulares e suplentes da CPI estão se municiando de dados para tentar extrair o máximo de informações do empresário de jogos de azar.

Animados com o depoimento do delegado Matheus Mella Rodrigues, delegado da Polícia Federal responsável pela Operação Monte Carlo, os petistas pretendem apostar suas fichas no aprofundamento de detalhes da relação de Cachoeira com o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo. A estratégia é tentar arrancar de Cachoeira provas que compliquem ainda mais a situação de Perillo.

A oposição, por sua vez, tentará focar o depoimento de Cachoeira em suas relações com a Delta Construções, campeã de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com contratos em quase todos os Estados. Os oposicionistas estão convencidos de que o contraventor era uma espécie de lobista da empreiteira não só na região Centro-Oeste, mas em todo o País.

Em depoimento à CPI na última quinta-feira, o delegado Rodrigues confirmou que Cachoeira teve participação na compra de uma casa do governador tucano. Foram usados três cheques de Leonardo Almeida Ramos, sobrinho do contraventor, que somavam R$ 1,4 milhão. Além disso, segundo as investigações da Polícia Federal, Cachoeira teria "cotas" de cargos no governo tucano, com o pagamento até de mesada de R$ 10 mil para secretários de Estado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilPartidos políticosPolíticaCorrupçãoEscândalosFraudesPolícia FederalOposição políticaPSDBCarlinhos Cachoeira

Mais de Mundo

Trump anuncia retorno de testes com armas nucleares nos EUA

França prende cinco suspeitos pelo roubo de joias no Louvre

Trump reduz tarifas contra China e sela retomada da compra de soja

EUA anuncia acordo bilionário para geração de energia nuclear para a IA