Mundo

Preso por engano, porto-riquenho é libertado após 10 anos

Inferno vivido por Díaz Morales, que começou quando ele tinha 21 anos, terminou no dia 9 de maio

Suprema Corte de Porto Rico emitiu uma sentença para sua libertação, ao comprovar os erros cometidos no seu julgamento (Giuseppe Cacace/AFP)

Suprema Corte de Porto Rico emitiu uma sentença para sua libertação, ao comprovar os erros cometidos no seu julgamento (Giuseppe Cacace/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2012 às 21h09.

San Juan - Roberto Anel Díaz Morales, sentenciado em 2001 a 172 anos de detenção por participar do assassinato de uma jovem enfermeira, foi libertado após passar 10 anos na prisão depois que a Suprema Corte de Porto Rico ordenou que ele fosse solto.

Os diários ''El Nuevo Día'' e ''Primera Hora'' divulgaram nesta sexta-feira a história de Díaz Morales, que passou os últimos 10 anos de sua vida lutando para provar sua inocência no caso da enfermeira Kenia Rosario, que foi estuprada, torturada e queimada por quatro indivíduos, entre eles seu ex-namorado, um antigo guarda penitenciário. Kenia morreu dois meses e uma semana depois de ter 35% de seu corpo queimado.

O inferno vivido por Díaz Morales, que começou quando ele tinha 21 anos, terminou no dia 9 de maio quando a Suprema Corte de Porto Rico emitiu uma sentença para sua libertação, ao comprovar os erros cometidos no seu julgamento.

''Temos uma dúvida razoável e nosso dever é absolver'', sentenciou a juíza do Supremo Fiol Matta para justificar a libertação de Díaz Morales.

A história de Morales se remonta a 2001, quando ele estudava contabilidade numa universidade de Porto Rico. Em 28 de outubro desse ano, cinco dias depois da agressão sofrida pela jovem enfermeira, o então estudante universitário comprou um telefone celular de Irving Daniel Carrasquillo, um viciado em heroína envolvido no crime.


O aparelho comprado por Morales era da jovem enfermeira, mas de acordo com seu relato Carrasquillo o vendeu por U$ 5 afirmando que ele pertencia a uma de suas irmãs.

Na ocasião, a polícia ligou para o número de telefone e falou com Morales, que relatou que os agentes disseram que sabiam que ele não estava envolvido no crime mas pediram para que identificasse a pessoa que vendeu o aparelho.

Quando mostraram uma foto do viciado para Morales, ele disse que não poderia identificá-lo pois não tinha prestado atenção em sua fisionomia. A partir daí, ele passou a ser investigado pelo assassinato e um dos envolvidos no crime disse que ele participou da morte da jovem.

O júri entendeu que Díaz Morales era um dos autores do homicídio. Após vários pedidos, dez anos depois a Suprema Corte finalmente revisou o caso e determinou sua inocência.

Acompanhe tudo sobre:JustiçaCrimePrisões

Mais de Mundo

BC argentino volta a intervir no dólar e despeja US$ 670 milhões no mercado

Venezuela diz que há uma 'guerra não declarada' após mobilização dos EUA no Caribe

Conselho de Segurança da ONU aprova retomada de sanções ao Irã por seu programa nuclear

Venezuela anuncia treinamento de civis armados em meio a tensões com os EUA