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Premiê do Reino Unido pede 'pressão extra' sobre Putin pelo fim da guerra na Ucrânia

Keir Starmer diz que russo só cedeu quando o líder americano o pressionou

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (à esquerda), gesticula ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer (à direita), durante uma coletiva de imprensa conjunta após uma reunião no Reino Unido  ( Leon Neal / POOL /AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (à esquerda), gesticula ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer (à direita), durante uma coletiva de imprensa conjunta após uma reunião no Reino Unido ( Leon Neal / POOL /AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 18 de setembro de 2025 às 14h58.

Última atualização em 18 de setembro de 2025 às 15h06.

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O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pediu nesta quinta-feira que se exerça pressão extra sobre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para que ele ponha fim à guerra na Ucrânia. A fala se deu em uma coletiva de imprensa ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que antes disse que o líder russo o decepcionou.

— Temos de exercer pressão extra sobre Putin, e só quando o presidente [Trump] exerceu pressão sobre Putin é que ele realmente mostrou alguma inclinação para agir. Portanto, temos de aumentar essa pressão — disse Starmer.

Mais cedo, Trump foi enfático ao se referir ao homólogo russo, e afirmou que Putin “realmente o decepcionou”. Este é o último dia da visita histórica do americano ao Reino Unido.

Durante o encontro, Trump ainda pediu aos britânicos que lutem com mais firmeza contra a imigração ilegal, mesmo “se for necessário recorrer ao Exército”:

— Há pessoas que chegam e, como disse ao primeiro-ministro, eu as deteria, não importa se for necessário recorrer ao Exército. Não importa quais meios sejam utilizados — afirmou o presidente americano, que encerrou na quinta-feira uma visita de Estado ao Reino Unido.

Visita com pompa real

Um dia depois de o rei Charles III receber Trump com pompa real no Castelo de Windsor, o republicano voou para a residência de campo de Starmer em Chequers para conversas sobre questões espinhosas, incluindo as guerras na Ucrânia e em Gaza.

Starmer se posicionou como uma ponte entre Trump e os aliados europeus, particularmente em relação à guerra na Ucrânia, em uma tentativa de garantir mais compromissos do líder americano com Kiev. E seus apelos, repetidos novamente nesta quinta-feira, por mais pressão internacional sobre Putin, parecem estar ganhando mais força com Trump, que criticou o líder russo por continuar a guerra, apesar de seus esforços para interromper os combates.

Trump disse em uma coletiva de imprensa após as negociações que pensava que o conflito na Ucrânia seria o “mais fácil” de encerrar devido ao seu “relacionamento com o presidente Putin”, mas que ele “realmente o decepcionou”.

Ele instou as nações europeias a pararem de comprar petróleo russo, dizendo que “se o preço do petróleo cair, Putin vai desistir dessa guerra”.

Rei elogia o “compromisso” de Trump com a paz

Durante um jantar no Castelo de Windsor na quarta-feira, o rei Charles III elogiou o “compromisso pessoal” de Trump em tentar pôr fim aos conflitos no mundo:

— Nossos países trabalham juntos para apoiar esforços diplomáticos cruciais, incluindo, senhor presidente, seu compromisso pessoal em encontrar soluções para alguns dos conflitos mais insolúveis do mundo, a fim de garantir a paz — disse o monarca.

Aproximação diplomática

O convite do rei Charles III faz parte de uma tradição de aproximação diplomática entre o Reino Unido e os Estados Unidos. Keir Starmer levou o convite à Casa Branca nas primeiras semanas do mandato de Trump, em fevereiro, em uma tentativa de estreitar laços em um momento diplomático estremecido.

Segundo alguns veículos de comunicação britânicos, o rei de 76 anos, ainda em tratamento contra um câncer, não estava entusiasmado com a ideia de convidar novamente o presidente republicano, que já havia sido recebido em 2019 por sua mãe, a rainha Elizabeth II.

O governo britânico, economicamente debilitado e em meio a uma crise política, busca usar esta visita para anunciar diversos acordos. Entre eles, está um investimento significativo de US$ 30 bilhões (cerca de R$ 160 bilhões, na cotação atual) da empresa americana Microsoft. A farmacêutica britânica GSK anunciou, nesta quarta-feira, um investimento de US$ 30 bilhões ao longo de cinco anos nos Estados Unidos, principalmente em pesquisa e desenvolvimento.

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