Mundo

Partido da Irmandade Muçulmana é legalizado no Egito

Grupo estava proibido de participar da política do país pelo ex-ditador Hosni Mubarak; objetivo é conquistar metade do parlamento

Comemoração na Praça Tahrir após a queda de Mubarak: Irmandade Muçulmana fundou um partido (John Moore/Getty Images)

Comemoração na Praça Tahrir após a queda de Mubarak: Irmandade Muçulmana fundou um partido (John Moore/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2012 às 14h05.

Cairo - O Partido da Liberdade e da Justiça, originado da confraria Irmandade Muçulmana, foi legalizado nesta segunda-feira, anunciou a agência oficial Mena.

"A comissão de assuntos partidários aprovou a formação do Partido da Liberdade e da Justiça", indicou a agência.

A confraria Irmandade Muçulmana, fundada em 1928, estava oficialmente proibida sob a presidência de Hosni Mubarak, que renunciou em 11 de fevereiro passado, obrigado por um movimento popular.

A Irmandade Muçulmana anunciou em 30 de abril que lançaria seu próprio partido com o objetivo de conquistar a metade das cadeiras do futuro Parlamento.

Segundo seus fundadores, o partido não é religioso - as formações políticas religiosas estão proibidas no Egito -, mas "civil, apoiado nos princípios da sharia (lei islâmica)".

Um dos responsáveis do partido, Saad al Katatni, tinha indicado que em torno de 1 mil mulheres e uma centena de coptas (cristãos do Egito) faziam parte do núcleo de 8.000 membros fundadores.

O vice-presidente do partido, Rafiq Habib, é copta.

Acompanhe tudo sobre:PolíticaÁfricaEgitoDemocraciaCongressoIrmandade Muçulmana

Mais de Mundo

Conversa entre Lula e Trump muda rumo da crise, mas cenário é imprevisível, dizem analistas

Meloni diz não se opor ao reconhecimento do Estado da Palestina, mas com condições

Macron diz que Trump só poderá ganhar Nobel da Paz se 'parar' guerra em Gaza

Trump quer reformular processo de vistos H-1B e atrair profissionais com maiores salários aos EUA