Papa Leão XIV: novo chefe da Igreja Católica se dispôs a conversar com líderes de países em guerra (Gabriel Buoys/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 14 de maio de 2025 às 07h02.
Última atualização em 14 de maio de 2025 às 07h03.
O Papa Leão XIV se ofereceu na quarta-feira para mediar conversas entre líderes de países em guerra, afirmando que ele próprio "fará todos os esforços para que a paz prevaleça".
O novo Pontífice americano, que se tornou líder dos 1,4 bilhão de católicos do mundo na semana passada, também pediu aos cristãos que vivem no Oriente Médio que não abandonem suas casas, em um discurso aos membros das Igrejas Católicas Orientais.
— Quem, melhor do que vocês, pode cantar uma canção de esperança mesmo em meio ao abismo da violência? — disse ele ao lotado Salão Paulo VI no Vaticano, ao ressaltar que a violência observada "da Terra Santa à Ucrânia, do Líbano à Síria, do Oriente Médio ao Tigré e ao Cáucaso".
Leão XIV exortou os cristãos a rezarem pela paz e pregou o diálogo entre "inimigos", cara a cara.
— A Santa Sé está sempre pronta para ajudar a reunir os inimigos, cara a cara, para dialogarem entre si, para que os povos de todos os lugares possam mais uma vez encontrar esperança e recuperar a dignidade que merecem, a dignidade da paz — disse. — Os povos do nosso mundo desejam a paz, e aos seus líderes apelo de todo o coração: vamos nos encontrar, vamos conversar, vamos negociar!
Leão sucedeu o Papa Francisco, que faleceu em 21 de abril, aos 88 anos.
Ele discursava em um evento pré-organizado para o ano santo do Jubileu de 2025, dedicado às 23 Igrejas Católicas Orientais, localizadas na Europa Oriental, Oriente Médio, Índia e partes da África.
Em seu apelo pelo fim dos conflitos — um tema dominante em seus discursos até o momento —, Leão XIV agradeceu àqueles que "semeiam sementes de paz".
— Agradeço a Deus por aqueles cristãos orientais e latinos que, sobretudo no Oriente Médio, perseveram e permanecem em suas terras, resistindo à tentação de abandoná-las — destacou. — Os cristãos devem ter a oportunidade, e não apenas em palavras, de permanecer em suas terras natais com todos os direitos necessários para uma existência segura. Por favor, lutemos por isso!