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ONG quer desembarcar 121 imigrantes na Itália ou em Malta

A ONG denuncia que os países não deram permissão para retirada de duas grávidas e outros 30 menores, que precisam de assistência médica e psiquiátrica

Navio de resgate: Os 40 migrantes a bordo do "Alan Kurdi" que desembarcaram em Malta. Segundo o governo, Malta deu seu consentimento depois que vários países da UE concordaram em aceitar os refugiados (AGENCE FRANCE-PRESSE/AFP)

Navio de resgate: Os 40 migrantes a bordo do "Alan Kurdi" que desembarcaram em Malta. Segundo o governo, Malta deu seu consentimento depois que vários países da UE concordaram em aceitar os refugiados (AGENCE FRANCE-PRESSE/AFP)

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AFP

Publicado em 5 de agosto de 2019 às 11h41.

O fundador da ONG espanhola Proactiva Open Arms pediu, nesta segunda-feira, um acordo entre diferentes países da União Europeia para que possa desembarcar os 121 migrantes resgatados no Mediterrâneo.

Em uma entrevista por telefone à AFP, Óscar Camps pediu uma solução semelhante àquela alcançada no caso do alemão Alan Kurdi, cujos 40 migrantes chegaram a La Valleta no domingo, depois de um acordo ter sido assinado em Berlim para posterior redistribuição com outros países europeus.

"Cabe a nós desembarcar essas pessoas. Que a Itália, Malta ou a própria União Europeia busquem uma solução porque os direitos dessas pessoas estão sendo violados", afirmou.

Depois de ter resgatado 55 pessoas na quinta-feira e outras 69 na sexta-feira ao longo da costa da Líbia, a ONG está 50 km a sudeste de Lampedusa esperando por um porto para desembarcá-los.

Segundo denuncia Camps, Malta os ignorou e ainda não recebeu uma resposta da Itália que permita a evacuação por motivos médicos de duas mulheres grávidas e a irmã de uma delas.

Mesmo assim, ainda restam 121 migrantes no navio, incluindo dois bebês e outros 30 menores, que "precisam de assistência médica e psiquiátrica".

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