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Maduro diz que EUA 'ameaçam' Venezuela com submarino nuclear

Presidente venezuelano advertiu que os EUA planejam enviar um cruzador lançador de mísseis e um submarino nuclear de ataque rápido para a costa do país na próxima semana

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 27 de agosto de 2025 às 17h32.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta quarta-feira a violação do Tratado de Tlatelolco de 1967, que declarou América Latina e Caribe como zonas livres de armas nucleares, devido a um submarino nuclear que, segundo Caracas, foi enviado pelos Estados Unidos para águas próximas ao país.

“A Venezuela foi ameaçada com um submarino nuclear, violando o Tratado de Tlatelolco, que proíbe a mobilização, o uso e a fabricação de armas nucleares em todo o território da América Latina e do Caribe”, afirmou Maduro em Miraflores, sede do governo.

Em declarações transmitidas pela emissora estatal de televisão "VTV", o presidente venezuelano afirmou que “nunca nenhum país da região foi ameaçado com um submarino nuclear”.

“Não baixamos os olhos para ninguém, nem hoje nem nunca, não baixamos a cabeça para ninguém, não nos achamos melhores do que ninguém porque não somos supremacistas, mas não aceitamos o supremacismo de ninguém”, afirmou.

Na terça-feira, o governo Maduro, por meio da missão permanente nas Nações Unidas, advertiu que os EUA planejam enviar um cruzador lançador de mísseis e um submarino nuclear de ataque rápido para a costa venezuelana na próxima semana, entre outros navios de guerra destacados no mar do Caribe, como parte, segundo ele, das “ações hostis” do governo de Donald Trump.

Isso, segundo a missão venezuelana, representa “uma grave ameaça à paz e à segurança regionais”.

Ele exigiu o cessar imediato do envio de recursos militares dos EUA ao Caribe, incluindo o submarino nuclear USS Newport News, e cobrou garantias claras e verificáveis dos EUA de que não enviarão nem ameaçarão usar armas nucleares na América Latina e no Caribe.

No entanto, este tipo de submarino não é projetado para o transporte de armas nucleares.

Além disso, a Venezuela pediu à Organização para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (Opanal) para convocar consultas urgentes para examinar esta série de ações e apelou a todos os países-membros das Nações Unidas para que apoiem o respeito ao caráter desnuclearizado da região.

Caracas também anunciou na terça-feira o envio de navios de maior porte para as águas territoriais do Caribe para combater o tráfico de drogas, uma semana depois de os EUA terem advertido que estão preparados para usar todo o seu poder a fim de frear o fluxo de drogas para seu território, o que incluiria o envio de navios e militares para águas do mar do Caribe próximas à Venezuela.

Washington também duplicou recentemente para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, a quem acusa de violar as leis dos EUA sobre narcóticos.

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