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Jornal sueco questiona imparcialidade de inquérito contra Assange

O tabloide sueco Expressen informou que um investigador envolvido na fase inicial do inquérito tinha ligações pessoais e políticas com uma das mulheres que acusam Assange

O site de Julian Assange é um dos aspirantes ao Nobel da Paz (Getty Images)

O site de Julian Assange é um dos aspirantes ao Nobel da Paz (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 21h17.

São Paulo - Bjoern Hurtig, advogado sueco do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse nesta quinta-feira que uma matéria de jornal colocou em dúvida o fato de a investigação sobre abuso sexual contra seu cliente ter sido realizada de maneira imparcial. O tabloide sueco Expressen informou que um investigador envolvido na fase inicial do inquérito tinha ligações pessoais e políticas com uma das mulheres que acusam Assange de conduta imprópria.

Hurtig disse que se a informação estiver correta "devemos considerar se a natureza da investigação pode assegurar uma julgamento justo". A polícia, contudo, afirma que o investigador, Irmeli Krans, interrogou a outra amiga - não sua suposta amiga - e não esteve envolvido na investigação depois do incidente.

O australiano de 39 anos é acusado na Suécia de ter cometido crimes sexuais contra duas voluntárias do WikiLeaks durante passagem pelo país em agosto. Assange nega as acusações e afirma que elas têm motivações políticas. Sua extradição foi aprovada pela Justiça britânica.

Assange causou a fúria do governo dos EUA após a divulgação por seu site de milhares de documentos diplomáticos secretos americanos e papéis sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque.

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