Agência de Notícias
Publicado em 20 de julho de 2025 às 08h18.
Tropas israelenses mataram 17 palestinos neste domingo após abrirem fogo contra um grupo de pessoas que aguardavam a chegada de caminhões com farinha no norte da Faixa de Gaza, enquanto outros dois foram mortos em Rafah, perto de um dos pontos de distribuição, segundo confirmaram à Agência EFE fontes médicas.
Os corpos de 17 palestinos chegaram ao Hospital al Shifa, na Cidade de Gaza, no norte, depois que soldados israelenses abriram fogo perto do posto de controle militar de Zikim, localizado ao norte da linha divisória do enclave, confirmou uma fonte neste centro médico.
Milhares de palestinos se aproximaram desse ‘checkpoint’ após saberem que caminhões chegariam ali. Quando o fizeram, pelo menos cinco foram saqueados, de acordo com testemunhas.
No sul de Gaza, no bairro Saudita em Rafah, pelo menos dois palestinos morreram por disparos perto do ponto de distribuição da controversa Fundação Humanitária para Gaza (GHF, em inglês), segundo uma fonte no necrotério do Hospital Nasser.
Eventos letais como este se repetem diariamente, já que essa organização, apoiada pelos Estados Unidos, distribui alimentos de forma muito limitada em complexos militarizados, com as tropas israelenses posicionadas a apenas dois quilômetros e, segundo revelou uma investigação recente do jornal “Haaretz”, com sinal verde para atirar contra os palestinos a fim de dispersar as multidões.
Ontem, pelo menos 32 palestinos foram mortos em situação semelhante, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O Exército israelense confirmou ter aberto fogo e disparado "tiros de advertência" contra um grupo de pessoas, segundo um comunicado militar.
Mais de 900 pessoas morreram em Gaza enquanto tentavam conseguir alimentos; a maioria nas proximidades dos locais da GHF, segundo dados da ONU sobre essa organização privada dirigida por EUA e Israel para impedir as operações humanitárias tradicionais lideradas pelas Nações Unidas