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Incêndios transformam paraíso litorâneo da Austrália em cidade fantasma

Desde setembro, o país vive a pior crise de incêndios da sua história

Hyams Beach: em uma semana normal de janeiro, turistas estariam se acotovelando para encontrar espaço nas areias brancas da praia australiana (Alkis Konstantinidis/Reuters)

Hyams Beach: em uma semana normal de janeiro, turistas estariam se acotovelando para encontrar espaço nas areias brancas da praia australiana (Alkis Konstantinidis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 21h50.

Última atualização em 7 de janeiro de 2020 às 22h50.

Austrália — Em uma semana normal de janeiro, turistas estariam se acotovelando para encontrar espaço nas areias brancas de Hyams Beach, na Austrália.

Mas não nesta semana. Os incêndios florestais que atingem o sudoeste do país estão sendo um fardo para o turismo, já que a fuga dos veranistas está transformando algumas estâncias do Estado de Nova Gales do Sul em cidades fantasmas no auge da temporada de férias.

As autoridades interditaram o acesso a Hyams Beach no final de semana em meio a uma seca grave, um recorde de temperaturas altas e ventos que atiçam incêndios localizados a meros 15 quilômetros de distância.

Nesta terça-feira só se via uma fração das multidões de praxe na areia, e as ruas estavam estranhamente vazias.

"Estamos aqui todo ano, nunca vimos (a cidade) assim antes. Normalmente é um caos", disse Jemima Albrecht, professora de 31 anos de Bendigo, no Estado de Vitória, acrescentando que o fogo está bloqueando as estradas que a levam para casa. "Era mais seguro para nós ficarmos aqui".

Hyams Beach se vangloria de suas águas de cor turquesa impressionantes e do que os moradores dizem ser as areias mais brancas do mundo, o que a torna um paraíso para amantes de selfies e usuários do Instagram.

As ruas estreitas da cidade minúscula estavam desertas nesta terça-feira a não ser pelos veículos estacionados dos moradores, sem sinal das filas de visitantes de ocasião que normalmente são espremidos em um sistema de gerenciamento de tráfego.

Os incêndios já mataram 25 pessoas neste verão e devastaram mais de 8,6 milhões de hectares de terras, destruindo milhares de edifício e cortando a energia e as comunicações.

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