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Greta Thunberg diz que membros da Flotilha da Liberdade foram 'ilegalmente atacados e sequestrados'

Ativista sueca estava em barco que tentava levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e romper o bloqueio imposto à população palestina pelo governo israelense

Greta Thunberg: ativista e ambientalista sueca foi detida neste domingo, 8, quando tentou levar ajuda humanitária para Faixa de Gaza (HUGO MATHY / AFP/AFP)

Greta Thunberg: ativista e ambientalista sueca foi detida neste domingo, 8, quando tentou levar ajuda humanitária para Faixa de Gaza (HUGO MATHY / AFP/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 10 de junho de 2025 às 14h16.

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A ativista sueca Greta Thunberg, detida neste domingo, 8, por Israel junto com outros 12 passageiros da Frota da Liberdade, denunciou nesta terça-feira, em Paris, onde fez uma escala antes de chegar à Suécia, que eles foram “ilegalmente atacados e sequestrados” e “transferidos para Israel contra sua vontade”.

A ambientalista sueca declarou em comunicado durante sua escala no aeroporto Charles de Gaulle que “esta é outra violação do direito internacional” por parte das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), que interceptaram o barco que tentava levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e romper o bloqueio imposto à população palestina.

As condições pelas quais a ativista passou nas últimas horas não foram “absolutamente nada comparadas ao que as pessoas estão passando agora na Palestina, especialmente em Gaza”, acrescentou.

Greta Thunberg é um dos quatro membros do barco da Flotilha da Liberdade, chamado Madleen, que concordaram voluntariamente em ser deportados para seus países de origem, assim como o espanhol Sergio Toribio e os franceses Omar Faiad e Baptiste Andre.

Os oito ativistas restantes, entre eles o brasileiro Thiago Ávila, se recusaram a assinar o documento que processa sua deportação voluntária e foram mantidos na prisão na cidade de Ramla, perto de Tel Aviv, para que um juiz decida sobre sua possível expulsão do país.

Entre eles está a eurodeputada franco-palestina Rima Hassan, do partido de esquerda A França Insubmissa (LFI).

“Não consegui me despedir deles e estou muito preocupada. Recebemos várias mensagens dizendo que eles não estão passando por momentos fáceis e que estão tendo problemas para ver seus advogados”, reconheceu Thunberg, pedindo a ação de “todos que podem se mobilizar” e “exigir sua libertação imediata”.

Ela disse que não estava “desapontada” com o fato de o barco ter sido deixado a 102 milhas da costa da Faixa de Gaza, em águas internacionais, porque se trata de uma “violação contínua da lei internacional” por parte de Israel e a “história real” é que “o genocídio está ocorrendo em Gaza”.

Os governos europeus têm o “dever de impedir o que está acontecendo em Gaza”, declarou Thunberg.

Para ela, o reconhecimento do Estado palestino que a França está estudando é “o mínimo” que a Europa pode fazer, mas ela pede o fim do “silêncio cúmplice” e da “ajuda militar e financeira a Israel” de todos os governos, especialmente da Suécia.

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