Mundo

Governo estuda leilão onde térmicas disputam gás em 1a fase

Atualmente, projetos térmicos a gás interessados em vender energia em leilões do mercado regulado têm que conseguir comprovação do fornecimento do combustível


	Térmica de Uruguaiana: térmicas interessadas em participar do leilão não teriam que apresentar um contrato de gás natural para se habilitar à disputa
 (Divulgação)

Térmica de Uruguaiana: térmicas interessadas em participar do leilão não teriam que apresentar um contrato de gás natural para se habilitar à disputa (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 14h41.

São Paulo - A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estuda a possibilidade de realizar leilão de energia em que, numa primeira fase, as termelétricas a gás natural disputam a garantia de fornecimento do combustível para depois tentar vender energia na competição com outros projetos, disse o diretor de Estudos de Energia Elétrica da EPE, José Carlos de Miranda Farias, nesta sexta-feira.

"Essa é uma proposta que foi levada à EPE e a gente está analisando", disse Miranda Farias, a jornalistas, após participar do evento Brazil Energy Frontiers, realizado pelo Acende Brasil. Segundo ele, a proposta foi apresentada por diversos agentes do setor, como a Petrobras, a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia (Apine), entre outros.

Atualmente, os projetos térmicos a gás interessados em vender energia em leilões do mercado regulado têm que conseguir comprovação do fornecimento do combustível para se habilitar à participação nos leilões. Isso tem dificultado o cadastro de muitos projetos já que a Petrobras, principal fornecedora do combustível no país, não consegue comprovar fornecimento de gás para todos interessados em participar dos leilões.

O diretor da EPE explicou que, de acordo com a proposta analisada, as térmicas interessadas em participar do leilão não teriam que apresentar um contrato de gás natural para se habilitar à disputa. Ao contrário, numa primeira fase do leilão de energia, todas as interessadas disputam a disponibilidade do gás, mapeado com as fornecedoras em cada região, para depois tentar vender a energia.

"Foi similar ao que a gente fez para o escoamento das eólicas. A gente fez a disputa para o uso da capacidade de transmissão antes", disse o executivo ao se referir ao último leilão com participação de eólicas.


Miranda Farias disse que a avaliação da proposta ainda está em estágio embrionário mas que ela é possível de ser concretizada. "Quando se tornará concreto, é um assunto que a gente ainda tem que discutir com o Ministério (de Minas e Energia)... Para esse ano não, seria algo para 2015 e 2016, a depender da oferta de gás", disse.

Os empreendedores que são autoprodutores do gás natural, geralmente, têm conseguido viabilizar mais projetos térmicos nos leilões já que garantem o seu próprio gás natural -- como foi o caso da Eneva no passado, ex-MPX.

Para o leilão A-3 marcado para novembro, Miranda Farias disse que a Petrobras cadastrou uma térmica de 100 megawatts (MW) a gás natural, localizada no Amazonas, próxima de um poço.

Acompanhe tudo sobre:Geração de energiaInfraestruturaLeilões

Mais de Mundo

Trump diz que definirá tarifas unilaterais nas próximas duas semanas

Sob Trump, confiança nos EUA cai ao redor do mundo, incluindo no Brasil, revela pesquisa

EUA anuncia retirada de diplomatas do Iraque em meio a tensões com o Irã

Militares dos EUA autorizam saída voluntária de familiares de tropas no Oriente Médio