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Filho de Biden diz que pai usou zolpidem antes de debate com Trump que o tirou da corrida eleitoral

Joe Biden renunciou à possibilidade de concorrer a um segundo mandato há um ano

Debate mal sucedido acabou desencadeando saída de Biden da corrida eleitoral em 2024 (AFP)

Debate mal sucedido acabou desencadeando saída de Biden da corrida eleitoral em 2024 (AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 22 de julho de 2025 às 08h16.

Hunter Biden, filho do ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden, sugeriu nesta segunda-feira, 21, que seu pai estava sob os efeitos do remédio hipnótico zolpidem durante o debate contra o então candidato Donald Trump, que acabou por desencadear sua saída da corrida eleitoral em 2024.

"Sei exatamente o que aconteceu naquele debate. Ele tinha voado por toda parte - praticamente a mesma quilometragem que três voltas ao mundo. Ele tem 81 anos. Está exausto. Você dá a ele Ambien (zolpidem) para que ele possa dormir. Ele sobe ao palco e parece um cervo atordoado", declarou Hunter em entrevista ao youtuber Andrew Callaghan.

Joe Biden renunciou à possibilidade de concorrer a um segundo mandato há exatamente um ano.

Ele disse que o fez pelo bem do país e do partido e tomou essa decisão após semanas de pressão interna e externa por causa de seu mau desempenho durante o debate de 27 de junho de 2024 contra Trump e após lapsos verbais posteriores.

O então mandatário democrata reconheceu, pouco depois desse fracassado confronto com o agora presidente, que quase adormeceu no debate, e atribuiu o cansaço às viagens que havia feito dias antes à Itália para a cúpula do G7 e à França para o 80º aniversário do desembarque na Normandia.

"Não é uma desculpa, mas uma explicação", disse na época, enquanto a então porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, enfatizou que ele não tomou nenhum tipo de medicamento para o resfriado que sofria.

Hunter Biden criticou o fato de parte da cúpula do Partido Democrata e outras personalidades terem se voltado contra seu pai "por causa de sua percepção de que ele era muito velho".

Entre outros, citou a então presidente da Câmara Baixa, Nancy Pelosi, a legisladora progressista Alexandria Ocasio-Cortez e o ator George Clooney.

"Que direito você tem de pisotear um homem que dedicou 52 anos da vida ao serviço deste país e decidir que você, George Clooney, vai publicar um anúncio de página inteira no maldito The New York Times para minar o presidente? (...) Por que você acha que os republicanos levam vantagem? Porque eles estão unidos", disse ele sobre o ator.

A entrevista também serviu para ele criticar o atual presidente e classificá-lo de ditador, tanto a ele quanto ao salvadorenho Nayib Bukele, com quem os EUA chegaram a um acordo para deportar imigrantes para a prisão de segurança máxima Cecot.

"Esses caras acham que devemos fugir de todos os valores para poder liderar. Eu digo que se danem. Como vamos tirar essas pessoas do maldito El Salvador? Eu lhes digo uma coisa: se eu fosse presidente daqui a dois, quatro ou três anos, ligaria para o maldito presidente de El Salvador e diria: 'Ou você os manda de volta, seu maldito, ou (El Salvador) será invadido'", concluiu.

O filho de Biden atacou quem critica a imigração ilegal: "Como eles acham que limpam o quarto do hotel? Como eles acham que têm comida na sua maldita mesa? Quem eles acham que lava seus pratos?", disse, ao reprovar que Trump tenha convencido as pessoas de que todos eles são "criminosos". 

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