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EUA preparam proibição da gordura trans

Administração de Alimentos e Drogas propôs a proibição de gorduras artificiais transaturadas em alimentos processados por riscos à saúde


	Pizza: segundo FDA, redução da ingestão de gorduras trans evitaria 20 mil infartos e 7.000 mortes por doenças cardíacas anualmente
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Pizza: segundo FDA, redução da ingestão de gorduras trans evitaria 20 mil infartos e 7.000 mortes por doenças cardíacas anualmente (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 17h16.

Boston/Washington - A Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos propôs nesta quinta-feira a proibição de gorduras artificiais transaturadas em alimentos processados, como biscoitos ou pizzas congeladas, por causa dos riscos à saúde.

É provado que os óleos parcialmente hidrogenados, principal origem alimentar das gorduras, contribuem para a elevação do colesterol "ruim". A redução da ingestão de gorduras trans evitaria 20 mil infartos e 7.000 mortes por doenças cardíacas anualmente nos EUA, segundo a FDA.

"Embora o consumo de gordura trans artificial potencialmente nociva tenha declinado nas últimas duas décadas nos Estados Unidos, a atual ingestão continua sendo uma preocupação significativa para a saúde pública", disse a comissária da FDA, Margaret Hamburg.

Ativistas da saúde pública elogiaram a medida.

"A gordura trans artificial é um fator inigualavelmente poderoso de promoção da doença cardíaca, e o anúncio de hoje irá acelerar sua futura desaparição da cadeia alimentar", disse Michael Jacobson, diretor-executivo da ONG Centro para a Ciência no Interesse Público.

A cidade de Nova York já proíbe o uso de gorduras trans em seus restaurantes, e muitos estabelecimentos, inclusive de redes como o McDonald's, já as aboliram também.

Hamburg disse a jornalistas que a eliminação das gorduras trans "não é um problema tecnicamente insolúvel", e que essa já é uma tendência desde que em 2006 a FDA passou a exigir que os índices de gordura trans fossem citados na embalagem dos alimentos.

A proposta do FDA será sujeita a uma consulta pública por um período de 60 dias, no qual as companhias de alimentos devem apontar o tempo que elas levarão para reformular os produtos.

Se a proposta prosseguir, óleos parcialmente hidrogenados poderiam ser considerados aditivos alimentares e não seriam permitidos em alimentos, a menos que fossem autorizados pelos reguladores de saúde.

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