Mundo

EUA alegam bombardeios dissuasórios em manobras sul-coreanas

O secretário de Defesa, Chuck Hagel, negou hoje que o posicionamento de dois bombardeiros B-2 na Coreia do Sul seja uma provocação


	Hoje, pela primeira vez desde que são realizadas as manobras anuais conjuntas na Coreia do Sul, participou um bombardeiro estratégico, o B-2 Spirit
 (AFP)

Hoje, pela primeira vez desde que são realizadas as manobras anuais conjuntas na Coreia do Sul, participou um bombardeiro estratégico, o B-2 Spirit (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2013 às 19h15.

Washington - Os Estados Unidos defenderam nesta quinta-feira o uso de um bombardeiro estratégico em suas manobras anuais conjuntas com Coreia do Sul como uma resposta "dissuasória" ao recente tom beligerante da Coreia do Norte.

O secretário de Defesa, Chuck Hagel, negou hoje que o posicionamento de dois bombardeiros B-2 na Coreia do Sul seja uma provocação e assegurou que "a dissuasão também faz parte dos exercícios militares" entre as forças sul-coreanas e as tropas americanas, manobras que começaram no dia 1º de março e se prolongarão até 30 de abril.

"As ações muito provocativas e o tom beligerante (norte-coreano) aumentaram o perigo", indicou Hagel, que também defendeu a decisão de meados deste mês de aumentar as defesas antimísseis perante as ameaças do regime do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Hoje, pela primeira vez desde que são realizadas as manobras anuais conjuntas na Coreia do Sul, participou um bombardeiro estratégico, o B-2 Spirit, com tecnologia anti-radar e capaz de lançar bombas guiadas ou carregar ogivas nucleares.

Da mesma forma que o chefe do Pentágono, a Casa Branca e o Departamento de Estado defenderam este passo pouco convencional como parte do compromisso em defesa com seu aliado sul-coreano, ao mesmo tempo em que pediram que Pyongyang abandone suas provocações e ameaças.

"Quando um país diz o tipo de coisas que a República Democrática Popular da Coreia diz, você tem que levar a sério e dar passos para assegurar que fique claro que podemos defender e defenderemos nosso país e nossos aliados", declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

Para o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, a mensagem de Washington é: "frente à retórica bélica e as ameaças dos norte-coreanos estamos ombro com ombro com nossos aliados sul-coreanos e nos asseguramos que os interesses de ambos estão protegidos".

A Coreia do Norte aumentou sua retórica ameaçante desde que o Conselho de Segurança da ONU decidiu sancionar o regime comunista por seu último teste nuclear e o lançamento de um foguete.

Isto elevou o tom das rotineiras ameaças que a Coreia do Norte emite contra Seul e Washington cada vez que se aproxima a data das manobras militares anuais, que ambos asseguram que têm caráter defensivo.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosCoreia do NorteÁsiaEstados Unidos (EUA)Guerras

Mais de Mundo

Trump emite vaga ameaça contra Afeganistão por base aérea de Bagram

Venezuela treina militarmente civis diante de possível ataque dos EUA

Amazon, Microsoft e outras big techs alertam funcionários com visto H-1B a voltarem para os EUA

Custo de US$ 100 mil para o visto H-1B nos EUA só se aplica a novos pedidos, esclarece Casa Branca