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Estudantes espanhóis protestam contra reforma educacional

Os alunos argumentam que a reforma é "segregadora e classista"


	Estudantes se manifestam contra a reforma da educação: a passeata estava cheia de faixas com os dizeres "Cortes aos bancos e à Igreja" e "Este não é um país para jovens"
 (Javier Soriano/AFP)

Estudantes se manifestam contra a reforma da educação: a passeata estava cheia de faixas com os dizeres "Cortes aos bancos e à Igreja" e "Este não é um país para jovens" (Javier Soriano/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2013 às 12h41.

Madri - Milhares de estudantes espanhóis se manifestaram nesta quarta-feira, em Madri contra os cortes e a reforma do sistema educacional proposta pelo governo conservador.

No segundo dos três dias de greve convocados após o anúncio da reforma, milhares de estudantes dos ensinos fundamental e médio ocuparam as ruas no centro de Madri para protestar contra o que consideram uma reforma "segregadora e classista".

"É a pior reforma educacional deste país no período de democracia. Uma reforma que pretende levar a escola de volta aos anos 50", afirmou à AFP Tohil Delgado, secretário-geral do Sindicato de Estudantes.

Na passeata cheia de cartazes e faixas pedindo "Cortes aos bancos e à Igreja" e "Este não é um país para jovens", os estudantes pediram a demissão do governo e cantaram slogans como "O dinheiro do banqueiro para o instituto do trabalhador".

"Há cortes selvagens contra a educação pública. Desde maio, o governo roubou 5 bilhões de euros da escola pública e os entregou aos banqueiros e empresários responsáveis por esta crise. É um escândalo", reivindicou Delgado, na manifestação que se repetiu em várias cidades da Espanha.

Os estudantes convocaram uma greve de protesto de terça à quinta-feira que, segundo o movimento estudantil, conta com cerca de 80% dos adeptos, apesar de o Ministério de Educação espanhol ter reduzido a estimativa para 20% de adesão na terça e 17% na quarta-feira.

Com uma taxa de repetência escolar superior a 30%, o governo conservador de Mariano Rajoy propôs uma reforma na educação, a oitava desde 1980, que impõe exames de revalidação ao final de cada ano letivo e antecipa a separação dos alunos de acordo com o interesse acadêmico da área que pretende seguir.

A reforma foi recusada por todo a comunidade (estudantes, professores e famílias), que pede a demissão do ministro da Educação, José Ignacio Wert.

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