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Em convenção, DEM tenta estancar sangria de filiados

Consciente de que não pode impedir a desfiliação de Gilberto Kassab, o partido discute a tentativa de preservação do vínculo do vice-governador, Guilherme Afif Domingos

Grupo avalia que, se Afif seguir Kassab na desfiliação, produzirá um desfalque ainda maior da legenda (Otavio Dias/Veja)

Grupo avalia que, se Afif seguir Kassab na desfiliação, produzirá um desfalque ainda maior da legenda (Otavio Dias/Veja)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 10h06.

São Paulo - O DEM homologa hoje o senador José Agripino Maia (RN) como seu novo presidente, em convenção nacional, ao mesmo tempo que o comando do partido opera politicamente para reduzir as dissidências internas. Consciente de que não pode impedir mais a desfiliação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o partido discute agora a tentativa de preservação do vínculo do vice-governador paulista, Guilherme Afif Domingos.

Setores do partido defendem a manutenção de Afif, um dos principais quadros do DEM em São Paulo. Esse grupo avalia que, se ele seguir Kassab na desfiliação, produzirá um desfalque ainda maior da legenda. O problema é que o grupo majoritário do DEM acha que a mobilização faz parte de uma estratégia que seria defendida pelo próprio Kassab.

Nessa hipótese, avalia que o prefeito estaria incentivando aliados próximos, como Afif e o deputado Rodrigo Garcia (SP), a se manterem filiados, preservando sua influência na legenda e preparando terreno para a fundação de um novo partido, o PDB.

Afif hoje tem um importante papel dentro do DEM em São Paulo, como um dos nomes mais cotados para encabeçar a chapa de sucessão do prefeito. Se permanecer no DEM, essa articulação poderá não receber o apoio do atual grupo majoritário, mais próximo do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Se deixar a legenda, Afif certamente será o candidato bancado pelo prefeito para sucedê-lo no cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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