Mundo

Cristina Kirchner é convocada a depor sobre lavagem de dinheiro

O escândalo conhecido como "Los Sauces" surgiu no ano passado, após uma denúncia da deputada de centro-esquerda contra a ex-presidente

Kirchner: a ex-presidente e seus filhos são acusados de enriquecimento ilícito e falsificação de documentos públicos relacionados com negócios irregulares (AFP)

Kirchner: a ex-presidente e seus filhos são acusados de enriquecimento ilícito e falsificação de documentos públicos relacionados com negócios irregulares (AFP)

E

EFE

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 15h44.

Buenos Aires - Um juiz convocou nesta sexta-feira a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner para depor por lavagem de dinheiro e subornos em um caso que investiga a empresa familiar Los Sauces, informaram à Agência Efe fontes oficiais.

O juiz federal Claudio Bonadio, que marcou o depoimento de Cristina para o próximo dia 7 de março, também convocou os filhos da ex-presidente, Máximo e Florença, e os empresários ligados ao kirchnerismo Cristóbal López e Lázaro Báez, que está preso desde abril de 2016 em outro caso sobre lavagem de dinheiro.

O escândalo conhecido como "Los Sauces" surgiu no ano passado, após uma denúncia da deputada de centro-esquerda Margarita Stolbizer contra a ex-presidente e seus filhos.

A parlamentar os acusou de enriquecimento ilícito e falsificação de documentos públicos relacionados com negócios irregulares.

Posteriormente, os promotores ampliaram as acusações e também incluíram o pagamento de propina.

A empresa Los Sauces foi formada em 2006 por Cristina e seu falecido marido, o também ex-presidente Néstor Kirchner, e Máximo.

O juiz responsável pelo caso determinou uma intervenção na companhia no último dia 15 de dezembro, afastando Máximo do comando.

Bonadio já tinha ordenado o bloqueio de todas as propriedades da empresa e operações de busca e apreensão em vários imóveis.

Recentemente, ele enviou à Justiça dos Estados Unidos um pedido de informações sobre uma conta que pertenceu a Cristina.

Stolbizer considera que a empresa, dedicada ao aluguel de imóveis, foi usada para receber transferências milionárias de Báez e López, mediante os arrendamentos das propriedades.

Cristina, que deixou a presidência em dezembro de 2015, reiterou várias vezes que se sente vítima de uma perseguição política, midiática e judicial devido aos vários casos abertos contra ela.

Até o momento, a ex-presidente é investigada em dois casos: um que investiga operações do Banco Central realizadas sob sua gestão; e outra por formação de quadrilha e administração fraudulenta na concessão de obras públicas.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaLavagem de dinheiroCristina Kirchner

Mais de Mundo

EUA exigem redes sociais em "modo público" para vistos estudantis

Em seu Dia da Independência, Ucrânia lança ataques com drones contra Rússia

Venezuela liberta um grupo de 13 presos políticos, segundo dirigentes opositores

Primeiro-ministro do Canadá diz que garantia de segurança para a Ucrânia 'não são escolha da Rússia'