Mundo

Confronto entre forças líbias e milícias islâmicas mata 19

Violência levou o primeiro-ministro da Líbia a ordenar aos militares que controlassem quaisquer grupos armados em Benghazi

Militante patrulha a entrada da sede da milícia Fevereiro 17 depois que forças irregulares líbias entraram em confronto, em Benghazi, no leste da Líbia, nesta sexta-feira (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

Militante patrulha a entrada da sede da milícia Fevereiro 17 depois que forças irregulares líbias entraram em confronto, em Benghazi, no leste da Líbia, nesta sexta-feira (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 22h07.

Benghazi - Forças irregulares líbias apoiadas por helicópteros entraram em confronto com milícias islâmicas nesta sexta-feira em combates que deixaram pelo menos 19 mortos e representaram um novo teste para o frágil governo do país.

Membros do autodeclarado Exército Nacional Líbio, liderados pelo general aposentado Khalifa Haftar, bombardearam bases pertencentes ao Ansar al-Sharia e a outro grupo militante islâmico na cidade de Benghazi, disse Mohamed Al-Hejazi, porta-voz das forças de Haftar.

A violência levou o primeiro-ministro da Líbia a ordenar aos militares que controlassem quaisquer grupos armados – incluindo as forças de Haftar – na cidade do leste do país, onde militantes se chocam frequentemente com o Exército e assassinatos e bombardeios são comuns.

Autoridades líbias fecharam o aeroporto de Benghazi por causa do conflito. "Fechamos o aeroporto por segurança dos passageiros, já que há confrontos na cidade. O aeroporto será reaberto dependendo da situação de segurança", disse à Reuters o diretor do aeroporto, Ibrahim Farkash.

A Líbia está em um turbilhão político desde a guerra civil de 2011 que depôs Muammar Gaddafi, e o governo não tem conseguido impor a sua autoridade sobre as brigadas de ex-rebeldes, que se recusam a se desarmar e criaram verdadeiros feudos regionais.

Benghazi, berço da revolta apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra Gaddafi, tem enfrentado dificuldades, em particular, para conter a violência e ataques atribuídos à Ansar al-Sharia, que muitas vezes opera abertamente, apesar de ser considerada uma organização terrorista por Washington.

O primeiro-ministro, Abdullah al-Thinni, disse a repórteres: "Demos ordens... para interceptar qualquer força que tentar entrar em Benghazi, porque elas não têm legitimidade do Estado." (Reportagem adicional de Ahmed Elumami)

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaGuerrasLíbiaPolíticaProtestosProtestos no mundoViolência política

Mais de Mundo

EUA e China chegam a acordo para reduzir tensões comerciais, diz Bloomberg

Ex-presidente Cristina Kirchner deve ser presa por corrupção, decide Suprema Corte

Atirador em escola da Áustria morre após ataque, diz polícia

Trump diz que, se necessário, invocará Lei da Insurreição para conter protestos