Mundo

CEO do Starbucks quer boicote de doações para políticos

Howard Schultz defende que ninguém dê dinheiro aos políticos americanos até que democratas e republicanos parem de brigar

O CEO da Starbucks, Howard Schultz: ele quer deixar os políticos sem dinheiro (Mario Tama/Getty Images)

O CEO da Starbucks, Howard Schultz: ele quer deixar os políticos sem dinheiro (Mario Tama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2011 às 16h41.

São Paulo – Um dos executivos mais bem pagos dos Estados Unidos quer usar o bolso para chamar a atenção dos políticos americanos. Howard Schultz, CEO do Starbucks, se irritou com a demora de Washington em resolver a questão da dívida e propôs uma saída radical. Ele quer o fim das doações para republicanos e democratas até que os partidos entrem em acordo sobre um plano de longo prazo para o orçamento do país.

“Eu me encontro cada vez mais frustrado pela falta de cooperação e pela irresponsabilidade dos nossos representantes eleitos” disse Schultz em carta aos funcionários da empresa. O executivo, que é democrata, recebeu elogios de seus comandados pela reclamação e resolveu propor o boicote.

Em busca de apoio, Schultz escreveu uma carta aos presidentes de todas as empresas listadas na Bolsa de Nova York. Nela pediu o fim de “todas as contribuições para campanha de candidatos a Presidente ou ao Congresso até que um acordo justo e bipartidário seja alcançado”. Segundo o executivo, a ação é necessária porque os políticos “escolheram colocar o partido e a ideologia acima do bem-estar da população”. Na mensagem pede ainda que todos os “americanos preocupados” também participem do boicote. 

“A ideia de Schultz tem um longo caminho? Sim. Vale a pena tentar? Pode apostar” defendeu Joe Nocera, colunista de negócios do The New York Times e um dos primeiros a apoiar a proposta. A ONG Democracy 21 também gostou e já iniciou uma campanha para o fim das doações. Em entrevista a rede CNN, Schultz disse que em 30 horas recebeu milhares de manifestações favoráveis tanto de outros empresários quanto de pessoas comuns.  

Se o movimento vingar, a perda de verbas para a campanha eleitoral de 2012 pode ser gigantesca. Na última eleição para presidente, em 2008, as doações atingiram o recorde de 5,2 bilhões de dólares. 

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoBebidasCafeteriasEleiçõesEmpresasEmpresas americanasEstados Unidos (EUA)Fast foodPaíses ricosPolíticaStarbucks

Mais de Mundo

UE anuncia 18º pacote de sanções contra Rússia, que inclui limite ao preço do petróleo

Israel 'nos sequestrou em águas internacionais', diz Greta Thunberg ao chegar à França

Trump diz que Los Angeles estaria em chamas se não enviasse militares

Argentina lança pacote de US$ 2 bi para reforçar reservas e cumprir meta com FMI