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Candidato pró-europeu vence 1º turno das eleições presidenciais na Polônia com leve vantagem

Trzaskowski, apoiado por 30,8% dos eleitores, enfrentará no segundo turno, em 1º de junho, o candidato nacionalista Karol Nawrocki, admirador de Donald Trump

Rafal Trzaskowski, Presidential candidate, Warsaw's mayor and member of Poland’s ruling Civic Coalition party, speaks to supporters after first exit polls following Presidential elections are announced in Sandomierz, on May 18, 2025. (Photo by Wojtek RADWANSKI / AFP) (AFP Photo)

Rafal Trzaskowski, Presidential candidate, Warsaw's mayor and member of Poland’s ruling Civic Coalition party, speaks to supporters after first exit polls following Presidential elections are announced in Sandomierz, on May 18, 2025. (Photo by Wojtek RADWANSKI / AFP) (AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 18 de maio de 2025 às 17h57.

O candidato pró-europeu Rafal Trzaskowski venceu por uma margem estreita neste domingo, 18, o primeiro turno das eleições presidenciais na Polônia, decisivas para o futuro do atual governo, segundo uma pesquisa de boca de urna.

Trzaskowski, apoiado por 30,8% dos eleitores, enfrentará no segundo turno, em 1º de junho, o candidato nacionalista Karol Nawrocki, admirador de Donald Trump, que teria obtido 29,1% dos votos, segundo o Instituto Ipsos.

A votação é crucial para o futuro do atual governo pró-europeu do primeiro-ministro Donald Tusk, assim como para a legislação sobre o aborto e os direitos das minorias sexuais, em um momento delicado para a Europa, marcado pela continuidade da guerra na Ucrânia, a ascensão dos partidos de extrema direita e os laços tensos com Washington.

Trzaskowski, prefeito de Varsóvia e político próximo à União Europeia, chegou a esta eleição como favorito.

"Este resultado mostra o quanto precisamos ser fortes, o quanto devemos estar determinados", disse aos apoiadores em um estádio coberto na histórica cidade de Sandomierz, no leste da Polônia.

Por sua vez, o candidato nacionalista agradeceu aos eleitores, afirmando que uma vitória no segundo turno, em 1º de junho, impediria que a atual coalizão "monopolize" todo o poder na Polônia.

"Duas visões diametralmente opostas"

A campanha girou, em grande parte, em torno de questões de política internacional e do papel que Varsóvia deve desempenhar entre a União Europeia e os Estados Unidos — uma aliança que parece mais incerta do que nunca durante o segundo mandato de Trump.

"São eleições muito importantes, que opõem duas visões diametralmente opostas da Polônia (...): de um lado, uma Polônia democrática, europeia, aberta, segura e honesta, e do outro, exatamente o contrário", declarou à AFP Marcin Woloszynski, economista de 42 anos, após votar em Varsóvia.

A participação nas eleições deste domingo, segundo a pesquisa, foi de 66,8%.

Além das questões geopolíticas, temas sociais também desempenharam um papel importante nos debates de um país cuja sociedade está profundamente dividida.

Desde que a coalizão governista de Tusk chegou ao poder em 2023, as principais iniciativas do governo têm sido bloqueadas pelos vetos do presidente conservador Andrzej Duda.

Para alguns eleitores, esta é uma oportunidade de encerrar esse impasse.v"Espero que estas eleições concluam a mudança", afirmou Hubert Michalowski, trabalhador autônomo de 50 anos.

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