Mundo

Câmara quer aumentar cargos de apadrinhados

Alteração nas indicações pode esvaziar a composição de órgãos técnicos da Casa

Nas bancadas, os cargos de livre nomeação são muitas vezes usados como moeda de troca por apoio nas eleições (José Cruz/Agência Brasil)

Nas bancadas, os cargos de livre nomeação são muitas vezes usados como moeda de troca por apoio nas eleições (José Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2011 às 09h28.

São Paulo - A Mesa da Câmara está patrocinando uma mudança na estrutura da Casa para aumentar as indicações de apadrinhados políticos, esvaziando a composição de órgãos técnicos da Casa. Como a regra estabelece que a distribuição dos cargos sem concurso público para os gabinetes das lideranças é proporcional ao tamanho das bancadas eleitas, um artifício contábil foi criado para compensar os partidos que diminuíram de tamanho, como o PMDB, e não querem repassar os postos para os partidos que aumentaram.

Os salários desses cargos, conhecidos por Cargos de Natureza Especial (CNEs), variam de R$ 2.603 a R$ 12 mil, considerando as gratificações. Para fechar a conta, além da transferência dos cargos, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), cortou parte das funções gratificadas, que são remunerações destinadas aos servidores concursados que ocupam postos de chefia. No projeto, que está na pauta de votação de hoje, a Mesa da Câmara considera que essas medidas compensarão o aumento em torno de R$ 3,6 bilhões com os cargos para as lideranças partidárias.

A parte administrativa da Casa vai manter 90 dos 156 cargos destinados a diretorias e secretarias da Casa, departamentos de finanças, de orçamento, de comissões, de informática e para formação de servidores. Alguns desses cargos são usados quando é preciso contratar algum serviço especializado, mas que não seja necessário manter o funcionário permanentemente, o que exigiria concurso público.

Nas bancadas, os cargos de livre nomeação são muitas vezes usados como moeda de troca por apoio nas eleições para líder e para a presidência da Casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:BenefíciosPolíticaSalários

Mais de Mundo

Diplomatas de 24 países faziam parte de delegação alvejada em Jenin por forças israelenses

Suprema Corte de Israel diz que demissão de chefe de serviço de segurança foi ilegal

Mais de 48 mil isolados e 300 retirados de áreas afetadas por inundações na Austrália

Governo da Argentina decreta desregulamentação do transporte marítimo e fluvial