Mundo

Buenos Aires tem dilúvio na véspera de eleições decisivas para Milei

Cidade teve alagamentos e ventos fortes, que podem chegar a 75 km/h

Alagamento na avenida General Paz, em Buenos Aires, em 25 de outubro (Reprodução/X)

Alagamento na avenida General Paz, em Buenos Aires, em 25 de outubro (Reprodução/X)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 25 de outubro de 2025 às 10h05.

Última atualização em 25 de outubro de 2025 às 10h18.

Buenos Aires - A capital da Argentina e sua região metropolitana amanheceram com forte chuva na manhã deste sábado, 25, véspera das eleições legislativas que poderão selar o futuro do governo do presidente Javier Milei.

Houve uma forte tempestade a partir das 5h da manhã, na qual caíram 100 milímetros de chuva em duas horas. Em alguns bairros, veio mais água em quatro horas do que era esperado para todo o mês de outubro. Houve regiões onde choveu 155 milímetros.

Um alagamento se formou na avenida General Paz, uma das principais vias expressas da cidade, e pessoas tiveram de caminhar com água até a cintura. Um taxista de 60 anos que passava pela avenida morreu após passar mal dentro do carro.

As autoridades emitiram um alerta laranja, pelo excesso de chuvas, e um alerta amarelo pelos fortes ventos, que podem chegar a 75 km/h.

O mau tempo atinge também outras províncias, como Santa Fé, Córdoba, La Rioja e Misiones, com danos menores até agora.

Previsão para as eleições

A metereologia argentina prevê que as chuvas percam força ao longo da tarde, e que fará sol no domingo, 26, dia das eleições legislativas.

Assim, o impacto da chuva na votação ainda é incerto. Apesar de o dia da votação estar com tempo bom, muitos moradores ainda poderão estar lidando com os danos causados pelas enchentes.

A região de Buenos Aires é a área mais populosa do país e onde há mais cargos de deputado em disputa. A cidade de Buenos Aires tem 24 deputados, e província homônima, 70, de um total de 257 cadeiras. Destas, 48 estarão em disputa na eleição deste domingo, somando 35 da Grande Buenos Aires e 13 na capital.

Na prática, as eleições estão sendo vistas como uma espécie de referendo, em que a população poderá dizer se deseja que Milei continue com suas políticas de austeridade, adotadas para reduzir a inflação e normalizar a economia.

Em caso de derrota, o presidente terá que passar os dois anos finais do mandato sem força para aprovar reformas e com o risco de ter seus decretos derrubados pelos parlamentares. Assim, suas medidas para conter a inflação, abrir a economia e atrair investimentos poderão ser interrompidas. 

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaJavier MileiBuenos Aires

Mais de Mundo

Trump diz que pode reduzir as tarifas ao Brasil sob 'certas circunstâncias'

Como funcionam as eleições legislativas da Argentina?

Por que Trump decidiu apoiar Milei?